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Mexicana será ressuscitada e pode ter jatos Embraer com ajuda de Lula

Após muitas incertezas, o governo dos Estados Unidos Mexicanos confirmou que a nova aérea estatal deverá ser, de fato, uma Mexicana ressuscitada.

A320 da antiga Mexicana | Foto – Abdallahh

A Mexicana de Aviación fechou as portas em 2010, um ano antes de completar 90 anos de operação, sendo umas das mais tradicionais empresas aéreas do mundo, que inclusive chegou a voar para o Brasil pouco antes do fechamento.

Muitas tentativas foram feitas para a empresa voltar a operar, mas a falta de investidores e o crescimento das low-costs Viva Aerobus e Volaris dificultaram o processo. Ainda assim, recentemente, o governo mexicano decidiu achar uma solução.

Com a promessa de voar para lugares que as grandes empresas não voam e democratizar ainda mais o acesso aos voos comerciais, o Exército do México comprou esta semana a marca Mexicana de Aviación para ser usada na nova empresa aérea estatal que será criada pelo governo de Andrés Manuel López Obrador.

A expectativa é que os voos comecem em dezembro deste ano, com o processo de certificação a ser iniciado muito em breve. A frota será inicialmente de 10 aeronaves.

E ainda sobre a frota da empresa, muito se perguntou, já que dentre os objetivos de Obrador está contratar exatamente os ex-funcionários da companhia que fechou em 2010, e que tinha em sua maioria jatos Airbus, principalmente para voos domésticos.

Segundo o presidente mexicano disse em entrevista ao jornal El Financiero, o renascimento da empresa não será com aeronaves Airbus, já que “não existe no mercado um lote de 10 jatos A320 à disposição imediata dos militares“.

“A Boeing, por sua parte, quer colocar os seus 737 MAX no mercado, porém quer garantias, dentre elas o certificado de operador aéreo que seria crucial. No caso da fabricante brasileira Embraer, teria menos problemas, já que o novo Governo Lula facilitaria um ótimo contrato de arrendamento”, afirmou o líder mexicano.

A Embraer, de fato, tem maior disponibilidade de entregar jatos novos E2, e também existe uma quantidade considerável de aeronaves da geração antiga E1 no mercado. O fator do leasing (arrendamento) poderia ser intermediado pelo BNDES, que já financia e aluga aeronaves da fabricante de São José dos Campos.

Por enquanto o martelo não está batido, mas uma decisão deverá ser feita em breve, já que processo de certificação duram ao menos 6 meses para serem concluídos em países que tem certa celeridade no processo.

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