Em decisão esperada pelos trabalhadores da empresa falida, o governo de Andrés Manuel Lopez Obrador (AMLO) fechou um acordo de compra das marcas que compõem a Mexicana de Aviación, seu centro de treinamento e imóveis que fazem parte do patrimônio atual da falida empresa.
O valor total da compra é de cerca de 43 milhões de dólares, que servirão para compensar os trabalhadores da empresa que aguardam fundos desde que a empresa fechou em 2010, detalha o site Aviacionline.
Cerca de 8.000 funcionários da Mexicana aguardam o levantamento da falência para poder dispor dos recursos obtidos com a venda dos ativos da empresa. Embora, segundo os cálculos dos sindicatos, o valor acordado mal chegasse a cobrir 10% do que era devido, ter saído da inércia é um bom sinal para eles.
O governo mexicano pretende criar com a marca uma nova companhia aérea estatal, operada pela Secretaria de Defesa Nacional (SEDENA). Como prevíamos, a ideia é que a empresa comece a operar ainda este ano e que tenha pelo menos 10 aeronaves em sua frota, incluindo o polêmico Boeing 787 presidencial, que não encontrou comprador e que AMLO chegou a oferecer informalmente para a Argentina.
Outro importante ativo é o Centro de Treinamento Técnico (CAT), que representa um quarto do valor do negócio e se destaca pelos simuladores que possui, bem como pelos recursos didáticos para tripulações e pessoal auxiliar.
O importante centro de Manutenção, Reparação e Revisão (MRO) de Mexicana não está incluído no acordo assinado, nem foram adicionados alguns dos edifícios dependentes da empresa.
