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Milhares de comissários de voo se unem a protesto por melhores salários nos EUA

Uma série de sindicatos de comissários de bordo dos EUA se uniram no final de semana para organizar um grande dia de protesto contra baixos salários, regras de trabalho ultrapassadas e longas negociações contratuais. O evento, descrito como um “dia histórico de ação”, levanta a ameaça de uma primeira greve por comissários de bordo baseados nos EUA em décadas.

Comissários de bordo de várias companhias aéreas diferentes, incluindo American Airlines, Alaska, Air Wisconsin, United e Southwest, se reuniram em 30 aeroportos em todo os Estados Unidos, bem como em estações internacionais tão distantes quanto Londres e Guam. A mobilização tem por objetivo fazer com que suas exigências sejam ouvidas.

Esta é a primeira vez que comissários de bordo de 24 companhias aéreas diferentes coordenam seus protestos de maneira a convergir nos maiores aeroportos dos Estados Unidos. “Os comissários de bordo estão trabalhando mais do que nunca com dias longos, noites curtas, mais tempo longe da família e em algumas das condições de trabalho mais difíceis de nossa história”, comentou a Associação de Comissários de Bordo (AFA-CWA) antes dos protestos.

Algumas dessas categorias trabalhistas não recebem aumentos há cinco anos. As condições de trabalho e os salários têm sido corroídos por questões operacionais consistentes e custos de vida significativamente maiores após a pandemia.

Calcula-se que até 100.000 comissários de bordo estejam presos em negociações de contrato há anos e, apesar do crescente custo de vida, os salários não aumentarão até que novos acordos sejam finalmente fechados. Comissários de bordo da American Airlines e Southwest já se manifestaram favoráveis a entrar em greve, a menos que suas demandas sejam atendidas. Paralelamente, os tripulantes da Alaska Airlines ainda participam de uma votação para autorização de greve.

A AFA já alertou que também convocará uma votação de autorização de greve na United, a menos que sejam feitos progressos em breve nas longas negociações contratuais.

Essas manifestações são vistas como uma forma vital de pressionar as companhias aéreas, pois é difícil para os trabalhadores das companhias aéreas efetivamente entrarem em greve nos Estados Unidos. Os comissários de bordo da AA já tiveram negado uma vez o pedido para entrar em greve por funcionários federais independentes, enquanto um segundo pedido ainda está sendo considerado.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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