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Militar ucraniano tentou recrutar um piloto russo, mas acabou expondo a defesa do país

Um Tribunal Distrital de Kiev prendeu Roman Chervinsky, ex-comandante de uma das unidades das forças de operações especiais das Forças Armadas da Ucrânia (AFU), por dois meses sem direito a fiança devido a falha de uma missão especial para recrutar um piloto russo. Isso foi relatado na terça-feira pela publicação ucraniana Public e repercutido pela agência estatal russa TASS.

Segundo ele, a audiência foi realizada a portas fechadas. A publicação informa ainda que os advogados do suspeito pretendem recorrer desta sentença.

Em 21 de abril, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) informou que Chervinsky havia sido acusado de abuso de poder. Segundo os investigadores, Chervinsky, junto com outras pessoas, decidiu sem permissão realizar a chamada operação especial para se apoderar de uma aeronave das Forças Aeroespaciais da Federação Russa. 

Um piloto russo supostamente concordou com a proposta de passar para o lado da Ucrânia. A SBU e a Diretoria Principal de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia afirmam que não aprovaram tal plano, mas o militar acusado decidiu agir por conta própria. 

O resultado foi um vazamento de dados sobre a colocação de pessoal e equipamentos das Forças Armadas da Ucrânia no aeródromo de Kanatovo. Como resultado do ataque a este objeto, o comandante da unidade militar foi morto, 17 militares ficaram feridos, 2 caças foram destruídos e a pista foi danificada.

Em 25 de julho do ano passado, o FSB russo anunciou que havia frustrado a operação de inteligência militar ucraniana para sequestrar aeronaves das Forças Aeroespaciais Russas. De acordo com o FSB, oficiais da inteligência militar ucraniana tentaram recrutar pilotos militares russos por recompensas monetárias e garantias de obtenção de cidadania de um dos países da UE e os ofereceram para pilotar os aviões para aeródromos controlados pelas Forças Armadas da Ucrânia. 

O FSB indicou que a identificação desses planos pela contraespionagem possibilitou o ataque a várias instalações militares ucranianas. Além disso, foram identificados funcionários dos serviços especiais ucranianos envolvidos na operação e seus cúmplices.

Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.