EXCLUSIVO – O único jato Embraer E190 a serviço de uma empresa no país sairá de serviço em breve na Mineradora Vale. A operação de transporte deverá ser terceirizada.
O jato da Mineradora Vale tem matrícula PP-ADV, sendo o segundo jato Embraer E190-E1 operado pela empresa, que antes tinha voado com o jato registrado PR-ADV no transporte de funcionários.
Configurado para 80 passageiros e conhecido como Aerovale, o jato faz voos diretos entre o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, e o Aeroporto de Carajás, em Parauapebas (PA), a fim de levar trabalhadores entre o Quadrilátero Ferrífero e a Serra dos Carajás, os principais pontos de exploração no Brasil da companhia.
Os voos realizados pelo Aerovale sempre saiam às segundas, terças, quintas e sextas, numa operação tocada completamente pela companhia mineira, mas os planos teriam mudado recentemente.
Uma fonte na empresa revelou ao AEROIN que a diretoria decidiu por dar fim às operações de avião da Vale, sendo a única exceção o Bombardier Global 6000, um dos maiores jatos executivos do país, que é utilizado pela presidência da empresa, e um bimotor turboélice King Air, utilizado no norte do país em missões operacionais.
A decisão se deu inicialmente por dois fatores: custos e exposição. Foi avaliado que a terceirização dos voos é mais barata que ter um avião próprio, além de deixar a empresa mais focada em seu core.
Nesse contexto, e se tudo andar conforme o plano, o último voo do Aerovale está programado para ocorrer na próxima sexta-feira, dia 17 de março, na rota Pampulha – Carajás – Pampulha, sendo que logo depois a aeronave deve para Sorocaba no interior paulista, onde passará por manutenção nas instalações da Embraer.
Depois disso, o PP-ADV ficará em estado de preservação, o chamado Care Maintenance, por pelo menos um ano, enquanto estará disponível para a venda. Neste período, a GOL Linhas Aéreas fará os voos para a Vale, porém decolando do Aeroporto Internacional de Confins, mais distante do centro da capital mineira.
Outra mudança se dará no Aeroporto de Carajás, que hoje tem o sistema de pouso por instrumento ILS da própria Vale, além de outras facilidades que incluem alojamento para funcionários da Infraero.
Com a concessão do aeroporto para a iniciativa privada através da espanhola AENA, a Vale irá se retirar do local, repassando a infraestrutura e responsabilidade para a nova administradora.