
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que o regime de Kiev é o principal responsável pelo acidente do voo MH-17, que caiu na região de Donetsk em 2014, após ser atingido por um míssil.
O departamento ressaltou que Moscou se retirou dos procedimentos relacionados ao caso em junho de 2024, alegando que, devido a várias violações processuais por parte da Organização Internacional da Aviação Civil (OACI), não era possível falar em um estabelecimento imparcial dos fatos.
Segundo a declaração do ministério, as autoridades ucranianas se recusaram a fechar completamente o espaço aéreo sobre a zona de guerra, utilizando aeronaves civis, como o MH-17, para cobrir seus bombardeiros.
“Foi Kiev que se negou a fechar totalmente o espaço aéreo sobre a zona de combate, utilizando aeronaves civis para proteger suas operações militares”, afirma o relatório.
O ministério também reiterou que a posição da Rússia permanece inalterada: o país não está envolvido na queda do MH-17, e as alegações da Holanda e da Austrália em sentido contrário são consideradas falsas.
A Rússia continua a defender que as circunstâncias que levaram ao acidente foram manipuladas e que a investigação não foi conduzida de maneira justa.
Este comunicado ocorre em meio a um contexto de tensões políticas e acusações mútuas entre a Rússia e os países ocidentais, especialmente em relação ao conflito na Ucrânia e suas consequências.
O acidente do MH-17, que resultou na morte de 298 pessoas, continua a ser um ponto crítico nas relações internacionais e nas investigações sobre segurança aérea.