Mitsubishi conclui a compra do programa de jatos regionais CRJ da Bombardier

A empresa japonesa Mitsubishi concluiu nesta data a compra do programa CRJ da Bombardier, aportando US$750 milhões (considerando US$200 milhões em dívidas), apesar dos resultados fracos e os cortes no programa Spacejet.

Jato regional CRJ900. Imagem: Divulgação / Bombardier

A Mitsubishi Heavy Industries (MHI) adquiriu o programa CRJ da Bombardier e formou um novo grupo de entidades operacionais focadas no serviço e suporte de aeronaves regionais.

Por meio dessa compra, a MHI adquire as atividades de manutenção, suporte, reforma, marketing e vendas para as aeronaves da série CRJ, incluindo os serviços relacionados e a rede de suporte localizada em Montreal, Quebec e Toronto, e seus centros de serviços localizados em Bridgeport, West Virginia e Tucson, bem como os certificados de tipo.

A Bombardier continuará fornecendo componentes e peças de reposição e montará as 15 aeronaves CRJ restantes na carteira de pedidos em 31 de março de 2020 em nome da MHI até a entrega completa, prevista para o segundo semestre de 2020.

A Bombardier retém certos passivos que representam uma parte das garantias de valor residual e de crédito, totalizando US$ 288 milhões em 31 de março de 2020.

Analistas consideraram a aquisição do CRJ inteligente para a Mitsubishi devido ao valor dos negócios de serviços globais do CRJ. O programa SpaceJet da Mitsubishi Aircraft precisa dessa presença global para ajudar a impulsionar as vendas. Segundo a empresa japonesas, companhias aéreas em todo o mundo operam cerca de 820 CRJs.

Além disso, a experiência em certificação do CRJ pode ajudar a Mitsubishi Aircraft a concluir a certificação do seu M90 de 88 lugares, que está em testes de voo nos EUA, e do M100 de 76 lugares em desenvolvimento.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias