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MJSP notifica Qatar Airways por possível gordofobia contra brasileira; empresa rebate acusação

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), notificou, nesta segunda-feira (28), a companhia aérea Qatar Airways a prestar esclarecimentos, após tomar conhecimento da prática de possível conduta discriminatória a pessoas obesas pela empresa. A companhia tem o prazo de 10 dias para apresentar informações.

Conforme noticiado pelo AEROIN no último quinta-feira (24), a empresa aérea impediu a passageira Juliana Nehme, jovem que se apresenta nas redes sociais como modelo plus size e criadora de conteúdo digital, de embarcar em um voo no Líbano, por ter sido considerada “demasiadamente gorda” pela companhia.

Na ocasião, foi condicionando o seu embarque à aquisição de um bilhete na classe executiva ou dois bilhetes na classe econômica. Sem alternativa, a passageira não realizou o voo, e precisou pagar multa por não ter embarcado na data e no horário da viagem.

Com base nessas informações e em relatos da consumidora nas redes sociais, a Senacon apura se houve prática infrativa na prestação de serviços do grupo Qatar Airways, uma vez que a conduta da companhia pode afetar inúmeros cidadãos brasileiros em condições iguais a da consumidora em questão.

Dentre outras informações, a Senacon pede esclarecimentos sobre quais são as medidas operacionais que foram ou estão sendo adotadas para eliminar situações como essa, além da política praticada pela empresa direcionada a passageiros obesos.

O que disse a Qatar Airways diante das denúncias

Na última sexta-feira (25), Qatar Airways emitiu um comunicado à imprensa se defendendo da acusação da modelo brasileira de que a empresa teria impedido seu embarque em um voo por ela ser ‘gorda demais’. No contexto da ocorrência, a empresa firmou que a passageira foi realocada e alegou que um dos acompanhantes dela não teria apresentado documentação necessária para entrada no Brasil.

A Qatar Airways trata todos os passageiros com respeito e dignidade e, de acordo com as práticas da indústria e de forma semelhante à maioria das companhias aéreas, qualquer pessoa que impossibilite o espaço de um outro passageiro e não consiga prender o cinto de segurança ou abaixar os apoios de braço pode ser solicitada a comprar um assento adicional tanto como uma precaução de segurança quanto para o conforto de todos os passageiros.

A passageira em questão no Aeroporto de Beirute foi inicialmente extremamente rude e agressiva com a equipe de check-in quando um de seus acompanhantes não apresentou a documentação PCR necessária para entrada no Brasil. Como resultado, a segurança do aeroporto foi solicitada a intervir, pois funcionários e passageiros estavam extremamente preocupados com a situação. Podemos confirmar que a passageira já foi realocada em um voo da Qatar Airways esta noite saindo do Líbano com destino ao Brasil.

COm informações da Senacon

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