A empresa aérea Modern Logistics, com sede em Campinas, está passando por uma mudança interna, que levaria à saída de pilotos no curto prazo.
A Modern Logistics é uma empresa aérea cargueira brasileira fundada em 2017 por Gerald Blake Lee, executivo que começou sua carreira na aviação com a jetBlue de David Neeleman e, mais adiante, ajudou a fundar a Azul Linhas Aéreas. Depois que a Azul atingiu a maturidade, Lee formou a Modern junto com outros colegas da antiga empresa.
Hoje, a Modern Logistics voa com jatos Boeing 737-300F e 737-400F, num total de 4 aeronaves, operando contratos com empresas privadas. No final do ano passado, a empresa revelou que iria incorporar aeronaves turboélices cargueiras ATR 72-600F, mas desde abril não se tem mais notícias sobre estes aviões, de modo que a frota da empresa continua a mesma desde a sua fundação.
Mudanças, no entanto, são previstas. Isso porque a companhia sinalizou aos profissionais de seu quadro que está passando por uma reestruturação, que devem resultar no desligamento de pilotos.
Em uma comunicação, executivos da companhia falam sobre como a empresa tem crescido de maneira constante, mas que “ao mesmo tempo tem enfrentado vários fatores externos que impactaram negativamente a economia nacional e global com o consequente aumento considerável nos custos”.
A carta também diz que é chegado um momento de reestruturação e que a empresa passará pelo seu primeiro ciclo de renovação de frota, deixando de operar um dos quatro 737 clássicos, para incorporar novas aeronaves Boeing 737-800 às suas operações.
Por outro lado, a mesma comunicação diz que “visando melhorar a eficiência da operação e atender ao interesse dos investidores, a Modern passará também por alguns ajustes necessários a fim de adequar sua estrutura ao novo modelo operacional. Infelizmente eles impactarão alguns Modernistas que foram importantes para o crescimento da empresa nos últimos anos”.
Antes das decisões finais, no entanto, a Modern abriu espaço para os aeronautas interessados em aderir a um programa de demissão voluntária. Em paralelo, a empresa estaria em contato com o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para alinhamento dos próximos passos.
Consultado, o SNA afirmou ao AEROIN que está focado em trabalhar com a Modern para evitar demissões. Funcionários da empresa também nos informaram que não foi oferecido a princípio um regime de part-time, com escala reduzida de trabalho.
