O leilão e possível expansão do Aeroporto do Jacarepaguá, na Barra da Tijuca, não tem agradado alguns moradores.
O aeroporto carioca tem grande vocação para o setor executivo e off-shore, sendo a principal base de operações aéreas das empresas petrolíferas na capital fluminense. Eventualmente, voos comerciais são realizados no aeroporto, mas por aviões de pequeno porte como o Cessna Caravan e Pilatus PC-12, sempre na faixa dos 10 assentos por aeronave.
A sua maior limitação é a pista de 900 metros, além de um terminal voltado para a operação de helicópteros, não de aviões maiores. Mas isso pode mudar com o leilão do aeroporto, que acontecerá em conjunto com o seu equivalente paulista, o Campo de Marte.
O desejo de companhias aéreas pelo Jacarepaguá não é novidade, já que apesar de ser mais afastado do centro, tem um acesso ‘mais seguro’ às praias da zona sul, é vizinho ao Parque Olímpico (e Cidade do Rock In Rio), Rio Centro, e principalmente, é cercado de condomínios de luxo.
As exigências
Por outro lado, essa proximidade não é do agrado de muitos moradores, que não querem que o tráfego de aeronaves aumente, e sim reduza. Segundo falou o jornal O Globo, os moradores se uniram e tiveram uma reunião com o Secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmannm, para tratar do assunto do leilão, que será no próximo 18 de agosto.
As demandas foram as seguintes:
– Proibição de voos regulares com aeronaves ATR 42 (A nova versão 42S poderia operar no aeroporto nas condições atuais);
– Voos de qualquer natureza apenas nos dias de semana, sem operações no sábado, domingo e feriado;
– Pousos e decolagens apenas a partir das 10h da manhã dos dias que o aeroporto estiver aberto;
– Implantação de equipamentos e medidas para fiscalizar as rotas e altitudes das aeronaves;
Não está claro ainda quais serão as exigências e lance mínimo que as empresas interessadas no Jacarepágua e Campo de Marte terão que fazer. Os moradores querem colocar algum de seus pedidos no edital, a fim de fazer valer as suas exigências.