Motores aeronáuticos P&W GTF ainda sofrem com problemas de confiabilidade

Motor PW P&W GTF PW1100G

Operadores de aeronaves equipadas com motores Pratt & Whitney PW1000G Geared Turbofan (GTF), como é o caso do Airbus A220, A320neo e Embraer E-Jets E2, seguem com problemas para recolocar aeronaves de volta aos céus por indisponibilidade de motores e devido ao intervalo entre manutenções.

De acordo com o CEO da Raytheon Technologies, Gregory Hayes, em uma conferência de investidores do Barclays em 22 de fevereiro, os clientes estão “particularmente insatisfeitos” com a falta de entrega dos motores e que esse será um “desafio” para a empresa durante todo o ano.

Os primeiros anos de serviço do GTF foram marcados por problemas de confiabilidade. A Pratt & Whitney aumentou o tempo de asa do motor (tempo entre manutenções) para “algo em torno de 10.000 horas” entre as revisões, disse Hayes, mas ainda não é tão confiável quanto o IAE V2500.

A curto prazo, a P&W está trabalhando com os clientes afetados para manter as aeronaves voando. Uma das companhias aéreas que se manifestaram publicamente foi a Spirit Airlines, que teve que reduzir sua capacidade projetada para 2023 devido à falta de motores aeronavegáveis.

O presidente e CEO da Spirit, Ted Christie, disse em uma recente teleconferência de resultados que espera que a Pratt & Whitney resolva o problema de disponibilidade do motor até o final deste ano.

A longo prazo, Hayes prevê que a Pratt & Whitney precisará aumentar a confiabilidade do GTF para aproximar-se da confiabilidade do V2500. Além disso, há um aumento esperado nas manutenções agendadas, à medida que a frota fica mais ocupada e continua a envelhecer.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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