Uma mudança estratégica nas operações aéreas do Rio de Janeiro vem colhendo frutos significativos no número de voos internacionais no Aeroporto Internacional Tom Jobim, conhecido como Galeão.
Um estudo da Fecomercio-RJ, baseado em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), aponta um aumento de 26,7% nos voos internacionais até o final de março de 2025. Isso representa 1.530 desembarques a mais em relação ao mesmo período da temporada anterior.
Essa reviravolta no cenário aéreo fluminense deve-se, em grande parte, às restrições impostas ao Aeroporto Santos Dumont, que agora trabalha exclusivamente com voos domésticos. Tal limitação foi incentivada pela Fecomércio RJ e teve o apoio tanto do governo estadual quanto da Prefeitura do Rio, que vislumbravam um Galeão subutilizado devido à baixa movimentação de passageiros.
A decisão do governo federal de limitar a Santos Dumont a movimentação anual de 6,5 milhões de passageiros levou a uma reorganização da malha aérea, beneficiando o Galeão como a principal porta de entrada para voos internacionais no estado. Isso não apenas redistribuiu eficientemente o tráfego aéreo, mas também elevou o status do Galeão como um aeroporto viável e competitivo.
O presidente da Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, destacou a lógica e simplicidade dessa estratégia. Segundo ele, trata-se de uma solução criativa e de custo zero, fruto de um consenso entre setor privado e autoridades. “O Galeão voltou a ser um aeroporto competitivo em muito pouco tempo”, afirmou, sublinhando o aumento de oportunidades de conexão e o impacto positivo para o turismo carioca.
O levantamento prevê ainda um crescimento de 13,3% nos voos domésticos no Galeão até o final do ano e um expressivo aumento de 30,45% nos voos internacionais durante o período de réveillon, de 25 a 30 de dezembro.