Mulher forçada a despachar 4 litros de leite materno na segurança do aeroporto

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Foto de Ahmed Muntasir via Pexels.com

Uma mulher compartilhou sua tristeza no Facebook e causou admiração, por ser um exemplo de como é importante que as pessoas entendam as regras para que não tenham prejuízos materiais durante uma viagem. No caso de Sarah Morrow, ela teve que retirar de sua bagagem de mão 4 litros de leite materno, enquanto passava pela segurança de um aeroporto no México.

O leite

Segundo seu relato, publicado no Facebook, Morrow esteve tirando seu leite durante suas férias de uma semana no México, onde participou do casamento de amigos, junto com seu marido. Como eles viajaram sem os filhos, uma menina de 4 anos e um menino de 9 meses, ela pretendia reabastecer sua reserva de leite, que alimentaria o seu bebê na volta.

Ela foi religiosa em seu objetivo e a cada três a quatro horas ela parava tudo o que estava fazendo para retirar o leite. Segundo ela, o casal não teve nenhum problema em armazenar o leite em seu hotel. “No final do dia, o serviço de quarto pegava meu leite e o colocava no congelador”, disse ela ao WZZM 13 News.

No final da semana, ela estava orgulhosa de ter 25 sacos de leite congelado, que colocou no gelo e em uma caixa térmica para transportá-lo de volta à sua casa, em Knoxville. Mas, só depois de chegar ao posto de controle de segurança do aeroporto de Los Cabos, no entanto, ela percebeu que não teria permissão para levar o leite para o avião.

No caso, a Administração de Segurança de Transporte (TSA) isenta o leite materno para embarque com a bagagem de mão, desde que seguidas algumas regras, mas o mesmo não se aplica no México ou em muitos outros países. 

Chateação

“Ela (a agente de segurança do aeroporto) disse: “Não, você não pode levar isso”, e comecei a chorar instantaneamente porque é muita ansiedade que as mulheres sentem quando viajam com seu leite materno. Ela disse que se eu tivesse um filho comigo, poderia levar em uma quantidade um pouco menor”, disse Morrow. “É um daqueles sacrifícios que você simplesmente abaixa a cabeça e faz”, ela continuou.

Sem saída, o casal conseguiu despachar o leite para que viajasse no porão da aeronave. Até aí, não haveria problema, pois o voo rápido não seria capaz de descongelar totalmente o leite e tudo poderia ser salvo.

No entanto, depois que o avião pousou em Dallas, houve um atraso, ainda não esclarecido pela American Airlines, e sua bagagem não chegou junto com eles em Knoxvile, vindo a aparecer apenas no dia seguinte.

“Voltei para casa, abri, tudo completamente derretido, completamente arruinado e isso simplesmente me devastou”, disse Morrow. “É uma extensão de você e de seu filho. É o que seu filho precisa para sobreviver”.

American oferece US$ 200

A American Airlines disse: “Lamentamos saber que a mala da cliente foi extraviada e estamos investigando as circunstâncias internamente. Um membro de nossa equipe de relacionamento com o cliente entrou em contato com a cliente para saber mais sobre sua experiência”.

Além disso, a American Airlines ofereceu a Morrow US$200 como compensação, mas ela diz que recusou a oferta. Segundo ela, era esperado que a empresa aérea tivesse mais senso de urgência e foco no cliente, destacando que, no aeroporto mexicano, a empresa não moveu um palito para ajudá-la a convencer a segurança do terminal a deixá-la embarcar com sua valiosa carga.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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