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Mulher processa aérea por discriminação após agente priorizar embarque de afrodescendentes

Avião Airbus A320 Frontier
Airbus A320 da Frontier Airlines – Imagem: Frontier Airlines

Uma mulher está processando a Frontier Airlines por discriminação racial, após agentes do portão de embarque supostamente priorizaram um grupo de passageiros afro-americanos à frente de clientes de diferentes etnias em um voo com excesso de viajantes.

Identificada como Kusmin Amarsingh, descendente de indianos, a mulher entrou com a ação judicial em um tribunal distrital do Colorado no final do mês passado, alegando que a companhia aérea discriminou os passageiros com base em sua raça, cor e nacionalidade. Caso Kusmin ganhe o caso, ele pode receber até US$ 115 mil em compensação pelo “sofrimento emocional que a Frontier Airlines lhe causou”.

Conforme informou o Paddle Your Own Kanoo, que acessou os autos do processo, o caso ocorreu no último dia 12 de junho, quando Kusmin chegou ao Aeroporto Internacional da Filadélfia para embarcar em um voo para St Louis via Orlando, onde voltaria para sua família após um compromisso em outro estado.

O primeiro dos dois voos que comprou foi vendido em excesso (overbooking) e os agentes do portão tentaram fazer com que voluntários se apresentassem e cedessem seus assentos em troca de um reembolso em dinheiro e passagem gratuita para um voo posterior. Sem sucesso, a companhia aérea ofereceu US$ 800 além do reembolso, mas ainda não houve compradores.

Quando chegou a hora de embarcar, Kusmin disse que se alinhou com outros passageiros, mas seu cartão de embarque estava marcado como “Assento Não-Definido” e ela foi enviada para esperar com um grupo de outros passageiros que também ainda não tinham assento.

Entre esse grupo estava uma família de 8 a 10 passageiros afro-americanos que foram conduzidos a bordo do avião pelo agente do portão, que também tinha descendência afro-americana. Os únicos outros passageiros a embarcar foram mãe e filha asiáticos, afirma Kusmin no processo judicial.

Dos passageiros que ficaram sem assentos, nenhum era afro-americano”, diz Kusmin em seu processo. O resto do grupo, cinco de aparência hispânica, dois descendentes de indígenas e um homem branco, foram instruídos a esperar até que uma solução fosse encontrada para eles. Eventualmente, eles receberam um reembolso de voo e US$ 400 em compensação, embora Kusmin diga que os agentes foram rudes e desdenhosos.

No final, Kusmin reservou um voo alternativo com a American Airlines para sua casa em Destin, na Flórida, o que a custou $1.000.

A Frontier Airlines me discriminou racialmente quando seus agentes traçaram o perfil racial dos passageiros e me excluíram porque eu não era nem aparentava ser afro-americano”, alega o processo.

Os agentes da Frontier Airlines me degradaram e deliberadamente me humilharam gritando comigo em um aeroporto lotado porque eu não era afro-americana”, continua o processo. “Absolutamente ninguém merece ser tratado dessa maneira, especialmente com base na raça”.

A Frontier Airlines não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. 

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