De alguma forma, havia uma expectativa do mercado sobre um atraso no projeto do Boeing 737 MAX 10, a maior variante já construída da família 737, com 43,8 metros de comprimento. No entanto, em meio a outros desafios, a Boeing não havia falado muito sobre essa versão.
No entanto, uma nova pista apareceu na segunda-feira, 1 de fevereiro. Mediante o registro do formulário 10-K da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), no qual inclui seus resultados anuais, a fabricante deu um sinal de quando começará a entregar as primeiras unidades do MAX 10, empurrando o cronograma para 2023.
“Lançamos o 737 MAX 7 em agosto de 2011 e o 737 MAX 10 em junho de 2017. Prevemos agora que a primeira entrega do 737 MAX 10 ocorrerá em 2023. Este cronograma reflete uma série de fatores, incluindo uma avaliação atualizada dos requisitos de certificação global informada por discussões contínuas com os reguladores e resultando na decisão da administração de fazer modificações no projeto da aeronave”, dizia a nota.
A GOL, por exemplo, já havia dito em dezembro passado que somente receberia o primeiro MAX 10, dos 30 esperados, em 2024.
Em comparação com o 737 MAX 8, atualmente na frota da GOL, por exemplo, o MAX 10 pode levar 40 passageiros a mais, chegando a um total de 230 assentos. Para viabilizar o projeto, a Boeing teve que fazer mudanças substanciais no trem de pouso, que mostram como a engenharia pode se encaixar às necessidades mais complexas (vide abaixo).
