“Não vamos arriscar voltar os voos para o Rio de Janeiro”, aponta chefe da Edelweiss

A volta dos voos entre a Suíça e o Rio de Janeiro por parte da Edelweiss pode estar longe ou fora do radar, segundo o executivo da companhia aérea suíça.

A companhia turística, que é subsidiária da Swiss e parte do Grupo Lufthansa, operava antes da pandemia voos regulares entre Zurique e o Rio de Janeiro com os aviões Airbus A330-300. Este era o único destino da companhia no Brasil, sendo uma alternativa ao voo feito pela companhia-mãe para São Paulo com o Boeing 777-300ER.

Enquanto a Lufthansa, do mesmo grupo, voltou ao Rio, mas com voos para Munique com o novo Airbus A350 XWB, a Edelweiss indica que não está próxima do retorno.

O portal aeroTelegraph questionou o CEO da companhia, Bernd Bauer, sobre os voos de longa duração que ainda não voltaram, principalmente para a Ásia e o executivo explicou o motivo da empresa focar hoje em voos mais curtos.

“A Ásia sofreu muito na pandemia com uma política diferente do Caribe e América Central, e quando os países asiáticos reabriram, ainda tinham muitas restrições, o que afastou turistas. A Tailândia já voltou ao normal e as Maldivas também. Nós não queremos arriscar a voltar com voos muito longos como Vietnã, Buenos Aires ou Rio de Janeiro, e não por causa do coronavírus“, afirmou Bauer.

Segundo ele, o fator principal é o preço do combustível, que impacta mais em voos longos que outros custos. “Estes voos estão desproporcionalmente mais caros que em 2019”, diz o CEO.

Bauer também cita o fato que alguns turistas ainda temem mudanças de regras sanitárias e, estando tão distantes de casa, isso acaba atrapalhando a disposição do passageiro de comprar a passagem. “Destinos como Cabo Verde, Açores, Reino Unido e Irlanda estão otendo sucesso”, conclui o CEO, apontando que férias mais perto de casa têm sido uma preferência do público europeu.

A Edelweiss chegou a ensaiar uma volta para o Rio de Janeiro em março de 2021, mas os planos foram suspensos e desde então não se falou mais no assunto. Hoje, para voar ao Rio saindo de Zurique é necessário passar por São Paulo ou Munique como opções mais curtas.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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