Neeleman quer usar aviões elétricos na Azul como helicópteros

Os planos da Azul Linhas Aéreas para as aeronaves elétricas da Lilium foram detalhados por seu fundador, o brasileiro-americano David Neeleman.

Divulgação – Lilium

Em vídeo divulgado pela empresa alemã Lilium, que fechou um acordo com a Azul para até 220 pequenas aeronaves elétricas de decolagem vertical (eVTOL), o executivo destaca as vantagens da parceria. De início, Neeleman fala sobre sua história, como fundou a Morris Air, WestJet, JetBlue e a Azul, e como a companhia brasileira “conhece o mercado nacional como ninguém” ao voar sozinha 70% das rotas para mais de 118 cidades no Brasil.

“O Brasil é um país único, é o segundo maior mercado de helicópteros do mundo”, cita o executivo, afirmando que uma das chaves do sucesso da Azul é seu planejamento de malha. Para ele, achar locais onde possa voar com as 220 aeronaves da Lilium é fácil.

“É bem rápido identificarmos mercados onde podemos colocar estes mais de 200 jatos, e por isso fizemos esta parceria com a Lilium”, cita Neeleman, dizendo que tem medo de voar de helicópteros, enquanto fala da conveniência que esta ferramenta produz, e que quem pode voar com helicóptero, vai de helicóptero.

A ideia é expandir este mercado de aviação executiva, já que os eVTOL da Lilium vão ter custo reduzido e segurança aumentada. “Queremos expandir esse mercado em 20 ou 30 vezes o tamanho que é hoje, ou até mais, poder voar entre dois pontos onde tem muito congestionamento, falta de infraestrutura ou de segurança, é muito crítico e importante para as cidades que servimos atualmente”, afirma.

“A Lilium se destacou por várias razões”

David Neeleman também destaca o por quê da escolha da Lilium, que foi criticada por alguns brasileiros pelo fato da Embraer ter um projeto “similar”.

“O alcance da aeronave, o tamanho dela, a capacidade de pessoas que podemos levar, a velocidade e a segurança, são 36 pequenos motores à jato e é muito crítico isso, eu conheci Daniel e o seu time, e sei que são experts nisso”.

“Não é só o time administrativo, mas o Conselho que está lá, que nos deixaram tranquilos sabendo que estarão lá por um grande período e a quantidade de capital que foi levantado (para o projeto). É uma grande história,. Os investidores têm bastante confiança, nossos clientes vão amar, eu vou amar, porque vou amar voar em São Paulo e não ter que pegar trânsito por duas horas e meia, e sim fazer em 15 minutos, então estamos bem animados com isso”, finaliza Neeleman.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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