
Em março de 2019, a China foi o primeiro país do mundo a emitir uma ordem para suspender a operação de todos os 737 MAX em seu espaço aéreo, após a queda fatal de um voo da Ethiopian Airlines, o segundo acidente do modelo em menos de quatro meses.
Assim, foi também o país que mais relutou em autorizar o regresso do MAX ao serviço ativo nas suas companhias aéreas, seja por razões técnicas ou, conforme especulado (mas jamais confirmado oficialmente), questões geopolíticas.
No entanto, após quatro anos, nesta sexta-feira, 13 de janeiro de 2023, às 12h45, horário local (4h45 GMT), o Boeing 737 MAX 8, registrado sob a matrícula B-1206, decolou do Aeroporto de Guangzhou para a cidade de Zhengzhou, no voo CZ-3960 operado pela China Southern Airlines.
O voo de volta já retornou para Guangzhou. Ainda na tarde desta sexta-feira, há outro voo programado para ser operado com um Boeing 737 MAX 8, de Guangzhou para Wuhan, conforme reporta o site Aviacionline.
Conforme repercutido pelo AEROIN na última quarta-feira, o sistema de reservas da China Southern Airlines passou a exibir dois voos operados com o modelo de aeronave, entretanto, havia uma dúvida se o voo realmente iria acontecer, já que essa não era a primeira vez que a companhia aérea agendava voos com o modelo. No ano passado, a empresa agendou alguns voos regulares com o modelo, mas cancelou no dia das operações.
Apesar do voo de hoje, nenhuma notícia oficial sobre a volta definitiva do modelo aos céus da China foi veiculada e a Administração de Aviação Civil da China (CAAC) não um parecer a respeito.
Quase uma centena de Boeing 737 MAXs foram armazenados na China, e os relatórios da Boeing indicaram que cerca de 150 aeronaves aguardavam entrega às companhias aéreas do gigante asiático.
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