Início Acidentes e Incidentes

No incidente mais estranho do ano, Latam oferece até R$ 38 mil a passageiros para evitar processos

No dia 11 de março, um Boeing 787-9 da empresa aérea LATAM experimentou “turbulências severas” sobre o Mar da Tasmânia, durante voo entre Sydney e Auckland, resultando em 53 feridos, sendo que 12 apresentavam lesões graves. O caso soa muito estranho e sem explicação até o momento.

Em comunicado emitido após o incidente, a companhia reconheceu que o ocorrido fora causado por um “problema técnico”, sem fornecer maiores esclarecimentos.

Posteriormente, informações surgiram indicando que esse “problema técnico” poderia ter sido, na verdade, um erro humano cometido pelo piloto ou uma comissária de voo que teria movido o assento do comandante, provocando o deslocamento da coluna de controle da aeronave e originando a “turbulência” que acarretou danos a tantos passageiros. Ainda assim, tudo muito estranho e fora do normal.

Naturalmente, o caso está sendo investigado pelas autoridades chilenas, uma vez que a aeronave ostenta a bandeira do Chile e o incidente ocorreu em território internacional. Agências internacionais, como as autoridades da Nova Zelândia, também estão apoiando a investigação.

Em um relatório preliminar sobre o caso, as autoridades chilenas confirmaram a hipótese do assento movido, aguardando apenas a conclusão definitiva das investigações.

Se o incidente for atribuído a erro humano e não a um fenômeno natural, como as turbulências de ar limpo, a companhia aérea poderá ser processada por negligência, caso seja confirmada como culpada, fato que ainda está em investigação oficial. Enquanto aguarda os resultados finais das análises sobre o ocorrido, a LATAM já prepara sua estratégia para eventuais implicações decorrentes do relatório final.

Com a possível iminência de demandas judiciais por parte dos passageiros afetados, há indícios de que a companhia aérea já tenha começado a oferecer compensações a alguns dos envolvidos. Tais valores de compensação estariam variando entre 2.000 e 7.650 dólares (entre R$ 10 mil e R$ 38 mil na cotação atual), informou o Reportur, citando um escritório de advocacia australiano,

Apesar desta proposta, caso os passageiros venham a processar a empresa e sua culpa seja comprovada (o que ainda está em investigação), as indenizações poderiam ser substancialmente superiores, uma vez que não existe um limite pré-estabelecido para compensações em casos de passageiros feridos ou falecidos.

No entanto, o relatório final que definirá o desenrolar deste caso pode ainda levar alguns meses para ser divulgado.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
Sair da versão mobile