No maior túnel de vento da Europa, Lilium Jet começa testes com modelo motorizado em escala de 40%

O modelo do Lilium Jet na saída do túnel de vento – Imagem: Lilium

A alemã Lilium, desenvolvedora do primeiro jato totalmente elétrico de decolagem e pouso na vertical, que a Azul Linhas Aéreas pretende usar no Brasil, anunciou na última quinta-feira, 4 de maio, o início do teste de túnel de vento nas instalações da German-Dutch Wind Tunnels (DNW) em Marknesse, Holanda.

Usando um modelo completo do Lilium Jet em escala de 1 para 2,5 (tamanho de 40% da aeronave real), incluindo motores e atuadores de flap funcionais, esta última campanha segue os testes de túnel de vento anteriores bem-sucedidos da Lilium em seções de aeronave em 2021 e 2022 e representa um marco importante no desenvolvimento da aeronave.

Tendo começado no início de maio, o teste permitirá que a Lilium obtenha um conjunto de dados aerodinâmicos abrangente para validar sua física de voo e previsões de desempenho. O conjunto de dados cobrirá o envelope de voo completo da aeronave, do voo pairado ao cruzeiro.

Protótipo Phoenix 2 do futuro Lilium Jet – Imagem: Lilium

O modelo em escala, um dos mais avançados já testados em um túnel de vento, foi construído de acordo com o mais recente projeto do Lilium Jet. O grande tamanho e o baixo fator de escala escolhidos para o modelo permitem que os dados de teste gerados sejam representativos da aeronave em escala real em todas as fases do voo.

A escala do modelo também foi possível graças às dimensões da instalação DNW, que é o maior túnel de vento da Europa, medindo 9,5 metros de largura. Os túneis de vento da DNW têm sido usados ​​no desenvolvimento de todas as aeronaves Airbus, desde o A300 até o A380 e A400M, bem como a família Embraer E-jet e vários helicópteros.

Alastair McIntosh, diretor de tecnologia da Lilium, disse: “Este é um passo importante em nosso programa de aeronaves e é muito emocionante ver este modelo Lilium Jet em grande escala com motores e flaps de asa funcionando. Esperamos gerar grandes quantidades de dados aerodinâmicos na aeronave e aumentar a confiança em nossas ferramentas de design enquanto nos preparamos para o início da montagem final ainda este ano.”

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

Veja outras histórias

Aviões perdem pedaço da ponta da asa em colisão no solo...

0
No dia 27 de março, um Airbus A320neo da IndiGo colidiu com um Boeing 737 da Air India Express no Aeroporto Internacional Netaji Subhas