O cancelamento vem após a empresa já estar passando por uma crise interna antes do coronavírus, a qual foi agravada pela pandemia, que resultou no pedido de Recuperação Judicial na Dinamarca e Suécia.
Em sua declaração oficial divulgada pela Reuters, a empresa confirmou o cancelamento dos 97 aviões Boeing encomendados, que seriam recebidos nos próximos anos e fazem parte de diversas encomendas acumuladas, feitas pela empresa no passado.
Estes 97 jatos são exatamente todos os aviões Boeing que a empresa tinha para receber, sendo que o anúncio foi feito exatamente no aniversário de três anos da primeira entrega do 737 MAX, em 30 de junho de 2017.
Os pedidos cancelados englobam 92 jatos 737 MAX e cinco 787 Dreamliner. A empresa também acionou a justiça para receber de volta os valores referente aos pré-pagamentos necessários para fazer a encomenda, juntamente com pedido de compensação financeira pela paralisação do MAX e problemas no motor Rolls-Royce do Dreamliner.
A empresa aérea não comentou se vai processar a Rolls-Royce pelo caso nos motores Trent 1000, já que a falha foi causada por um erro de produção da fabricante do motor e não da Boeing.
Agora, sem encomendas de aviões da Boeing, a empresa tem apenas encomendados 58 aviões A320neo e 30 jatos A321neo da concorrente Airbus, que também podem ser cancelados em breve.