Nos próximos dias, três Boeings 747 farão voos especiais para São Paulo

ACT Divulgação

Nos próximos dias, três voos operados com alguns raros gigantes Boeings 747 são esperados no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos. Os voos das empresas ACT Cargo (Turquia), Aerotranscargo e Fly Pro (Moldávia), foram autorizados e estão incluídos na base de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Nenhuma dessas empresas realiza voos regulares ao Brasil, de tal modo que as operações são resultado de fretamentos contratados por empresas brasileiras. Sua carga ou as contratantes não foram publicamente divulgadas. Os voos esperados são os seguintes.

VOO 1 – Aerotranscargo

Em 22 DE JULHO (hoje), é esperado que um Boeing 747-400F da Aerotransacargo aterrisse em Guarulhos no final da manhã. No momento em que essa matéria era escrita, a aeronave já estava iniciando sua aproximação para pouso. O voo é o ATG-9903, proveniente de Acra, em Gana.

A decolagem de Guarulhos é esperada para 8h da manhã de sexta-feira, dia 23 DE JULHO, com destino a Dacar, no Senegal, e número de voo ATG-9904.

VOO 2 – ACT Airlines

No dia 25 DE JULHO (domingo), o jumbo do modelo Boeing 747-400F da empresa turca tem o pouso em São Paulo programado para 15h30. Na ocasião, a empresa estará perfazendo o voo RUN-528, com origem na Alemanha e escala em Dacar.

O retorno acontece no mesmo dia 25 DE JULHO às 18h30, com destino ao aeroporto de Ataturk, em Istambul (apesar de fechado para voos de passageiros, o Ataturk ainda opera voos de carga e executivos).

VOO 3 – Fly Pro

Assim como a Aerotransacargo, a Fly Pro também é uma companhia aérea de bandeira da Moldávia. No entanto, seu voo será realizado com um Boeing 747-200F, o mesmo que ficou “famoso” no Brasil devido aos pousos que o piloto faz, mantendo o nariz levantado por mais tempo do que o usual.

O voo PVV-8652 tem chegada a Guarulhos prevista para 9h30 da manhã do dia 28 DE JULHO (quarta-feira), proveniente de Conakry, em Guiné. O voo de volta, de número PVV-8653 acontece no dia seguinte, às 4h da madrugada.

VOOS comuns em tempos incomuns

Apesar das empresas acima não terem voos regulares ao Brasil, sua presença tem acontecido com uma certa constância em aeroportos nacionais. O principal motivador para tal é a necessidade de espaço de porão para a carga aérea, haja vista que muitos voos, que eram regulares antes da pandemia, ainda não estejam acontecendo e, portanto, há muito menos disponibilidade na barriga de aviões de passageiros.

Além disso, a própria pandemia e a necessidade de importar equipamentos de proteção e vacinas da China e de outros países, aumenta a demanda por voos cargueiros. No mais, com menos gente na rua e comércio fechado, o e-commerce também atingiu níveis nunca antes vistos. Com isso, empresas especializadas em frete aéreo como Atlas Air, FedEx, UPS e Amazon apresentaram crescimento recorde no ano passado.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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