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Nova opinião trazida por russos será ignorada no caso de desastre do voo MH-17

Imagem: Laurent ERRERA / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia

A promotoria holandesa se recusou a levar em consideração as conclusões de especialistas dos EUA apresentadas pela defesa russa no caso do desastre do voo MH17 de julho de 2014, derrubado sobre a Ucrânia, disse a promotora Manon Ridderbeks durante audiências na segunda-feira, reportou a agência estatal russa TASS.

Anteriormente, a defesa de Oleg Pulatov, um dos acusados ​​no caso, apresentou ao tribunal um relatório de um grupo de especialistas dos EUA que examinou as evidências disponíveis para chegar à conclusão de que os cálculos de Almaz-Antey sobre o local de onde o míssil que atingiu o avião de passageiros havia sido lançado concordava melhor com a natureza dos danos identificados pelo exame dos destroços do avião.

Ridderbeks disse que a defesa tem liberdade para apontar discrepâncias em diferentes partes do caso criminal, mas que “o quadro atual é claro como cristal. Pulatov, Girkin, Dubinsky e Kharchenko são co-responsáveis”, disse ela.

Sobre o julgamento

Um Boeing-777 de passageiros da Malaysia Airlines fazendo o voo MH-17, de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi abatido em 17 de junho de 2014, sobre a região de Donetsk, na Ucrânia. O acidente matou 298 pessoas de dez países. A Equipe de Investigação Conjunta disse que havia identificado um grupo de quatro suspeitos – o ex-chefe da milícia da República Popular de Donetsk, Igor Girkin (Strelkov), e seus subordinados Sergey Dubinsky, Oleg Pulatov e Leonid Kharchenko. Seu julgamento começou em 9 de março de 2020. Eles são acusados ​​de entregar um lançador de mísseis de defesa aérea Buk da Rússia para a Ucrânia.

Pulatov é representado por dois advogados holandeses. A promotoria exigiu prisão perpétua para todos. Os advogados de Pulatov exigem a absolvição de seu cliente. O veredicto do caso está previsto para novembro ou dezembro. 

Autoridades russas expressaram repetidamente desconfiança em relação à equipe de investigação. Eles enfatizaram que a promotoria apresentou argumentos infundados e estava relutante em levar em consideração os contra-argumentos de Moscou.

Meses atrás, especialistas da empresa russa Almaz-Antey, do Centro Aeroespacial da Holanda e da Real Academia Militar da Bélgica apresentaram suas conclusões sobre o local de onde o míssil foi lançado. Especialistas holandeses e belgas argumentam que o Boeing de passageiros foi derrubado por um míssil disparado da área da comunidade de Pervomaiskoye, atualmente controlada pela milícia de Donetsk. Os cálculos de Almaz-Antey indicam que o míssil deve ter sido disparado de um território próximo à aldeia de Zaroshchenskoye, controlada pelo exército ucraniano.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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