Novas imagens mostram o Antonov AN-225 derretido; piloto fala do ‘Mriya 2.0’

Após 33 anos de voos, o incônico Antonov AN-225 Mriya, maior avião comercial do mundo, foi destruído durante combates no aeroporto de Gostomel, a noroeste de Kiev. Especialistas da fabricante estatal já concluíram que não é possível restaurar essa unidade, mas lançaram uma chama de esperança ao anunciar que pretendem criar um novo projeto e desenvolver um novo avião do modelo.

Tal projeto ainda não existe e, mesmo quando existir e for aprovado, demorará alguns anos até ser concluído. Em meio a todo esse contexto, há ainda o custo de reconstrução, que pode facilmente ultrapassar US$ 1 bilhão para ter o “sonho” ucraniano de volta aos céus.

Uma comissão especial sob os auspícios do grupo industrial estatal Ukroboronprom deve determinar o que é necessário para isso. Enquanto esse novo projeto segue incerto, novas informações foram divulgadas acerca do exemplar que foi destruído em Gostomel.

Novas informações

Segundo um vídeo publicado no sábado (7) pelo piloto do AN-225, Dmytro Antonov, toda a área ao redor do avião destruído já foi limpa e agora as equipes da fabricante vão começar a desmontar o teto do hangar, para que se eliminem os riscos de desabamento e mais pessoas se machuquem.

Ele fala também sobre a ideia de reconstruir o aeroporto de Gostomel e comenta que há pessoas trabalhando nos modelos 2D e 3D do futuro projeto do AN-225, o que ele chama de “Mriya 2.0”. No entanto, ele ainda não antecipa nenhuma imagem de como está ficando.

Por sua vez, o repórter do Kiyv Independent, Illia Ponomarenko, publicou novas imagens em alta resolução do hangar onde o AN-225 estava, quando foi atacado. Apesar das imagens apenas reforçarem outras anteriormente divulgadas, elas dão uma outra perspectiva da destruição.

O novo vídeo

Como se pode observar no vídeo (abaixo, esperar pelo carregamento), é evidente Do trem de pouso principal resta apenas um esqueleto. A asa direita também está mais danificada do que se supunha inicialmente, com buracos grandes. A parte traseira do Mriya, por outro lado, parece estar intacta. 

Muitos perguntam se seria possível usar as partes da traseira da aeronave na construção de um novo avião do modelo, mas não há uma resposta para essa questão no momento.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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