A Direção Geral de Aviação Civil (DGCA) da Índia proibiu 90 pilotos da companhia aérea SpiceJet de pilotar aeronaves Boeing 737 MAX por entender que o treinamento em simulador possui falhas. A nova capacitação dos aviadores é necessária, como parte do retorno do modelo aos céus indianos, mas não estaria sendo feita adequadamente.
O Times of India reportou que o diretor da DGCA, Arun Kumar, foi duro em sua fala, sem especificar exatamente quais foram os problemas no treinamento dos pilotos.
“Nós impedimos esses pilotos de voar e eles precisam treinar novamente com sucesso para voar no MAX. Tomaremos medidas rigorosas contra os responsáveis pelo lapso”, disse Kumar.
A SpiceJet tem 650 pilotos treinados para as operações do Boeing 737 MAX e é a única companhia aérea indiana a operá-los. Atualmente, possui 11 dessas aeronaves em sua frota.
A empresa, por sua vez, disse que a restrição não afetará as 60 operações diárias das aeronaves MAX. “144 pilotos são necessários para operar essas 11 aeronaves. Dos 650 pilotos treinados no MAX, 560 continuam disponíveis, o que é muito mais do que o requisito atual”, disse a companhia.
O Boeing 737 MAX retomou as operações em dezembro de 2020, um ano e meio depois de terem sido suspensos após os acidentes da Lion Air em 2018 e da Ethiopian Airlines em 2019, que deixaram 346 pessoas mortas. A aprovação da Índia para retorno das aeronaves somente se deu em agosto de 2021.