Novo acordo da UE deve aumentar a tarifa das companhias aéreas pelo CO2 liberado em seus voos

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As instituições da União Europeia (UE) concordaram na quarta-feira em revisar a regulamentação sobre as emissões do setor de aviação, que deverá aumentar a tarifa paga pelas companhias aéreas pelo dióxido de carbono (CO2) liberado em seus voos entre os países do bloco. As informações foram compartilhadas pelo serviço de imprensa da Comissão Europeia.

O acordo político, que ainda não foi formalizado pelos Estados-Membros e pelo Parlamento Europeu, mantém os voos internacionais (de ou para países terceiros) fora deste sistema, que estão sujeitos ao sistema global de comércio de emissões das Nações Unidas, conhecido como CORSIA.

O pacto obriga a Comissão Europeia a rever se este enquadramento internacional é eficaz para o setor contribuir para o combate ao aquecimento global, pelo que se a avaliação for negativa terá de lançar uma proposta legislativa para incluir os voos internacionais no sistema.

O mecanismo contempla eliminar todos os créditos de emissões de CO2 a partir de 2026, um anos do que previa a a proposta original que a Comissão Europeia incluiu no pacote “Fit for 55”, um ano e meio atrás.

Europeus vão pagar mais

Para a organização ambiental Transport & Environment, o acordo fica aquém do alcance ao excluir voos internacionais, o que leva o bloco a “perder mais uma década” de ação climática. “As famílias europeias médias continuarão a pagar muito mais pelas suas emissões de CO2 do que voos frequentes de longo curso”, lamentou o diretor de aviação da organização, Jo Dardenne.

Perante isto, a plataforma Airlines For Europe (A4E), que representa a maioria das companhias aéreas europeias, lembrou que o setor “paga as suas emissões através do sistema ETS desde 2012”, bem como que o custo “provavelmente aumentará cinco vezes até 2025, para mais de 5 bilhões por ano.”

Por esta razão, os empregadores da aviação europeia afirmaram estar “extremamente desapontados” com o fato de todos os créditos gratuitos serem retirados a partir de 2026, uma data que é “muito antes de soluções eficazes de descarbonização estarem disponíveis à escala necessária para que funcionem”.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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