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Novo turboélice da Embraer já é projetado para ter apenas um piloto

Enquanto novos aviões da Embraer foram anunciados ontem, um novo detalhe do chamado TPNG (TurboProp Next Generation) ou Turboélice de Nova Geração quase passou despercebido.

O nome TPNG já consta nos arquivos da empresa e no seu website, mas um detalhe adicionado ontem (8) à página de Projetos Sustentáveis da Embraer chamou mais a atenção: o Single Pilot Operations. O termo é listado junto com a capacidade do TPNG de poder voar com combustíveis sustentáveis e facilidades para a integração de propulsores de hidrogênio no futuro.

Single Pilot Operation significa Operação de Piloto Único, em que a aeronave tem uma complexidade menor ou tem maior automação de sistemas, de maneira que um piloto dá conta de toda a carga de trabalho.

Uma boa parte dos aviões pequenos, principalmente a hélice, têm este tipo de certificação que é definida pelo fabricante. No entanto, o maior avião da Embraer a ter este tipo de capacidade são os jatos leves Phenom 100 e 300, que se destacaram no seu nicho por essa capacidade, que reduz custos.

Chama a atenção o fato que o TPNG é feito para aviação comercial, no âmbito regional, em voos constantes e diários, trazendo novamente o debate da operação com apenas um piloto para a aviação de linha aérea.

A Airbus e a Boeing já sinalizaram diversas vezes que têm trabalhado para que, no futuro, as aeronaves exijam apenas um piloto, assim como no passado eram três tripulantes contando com o Engenheiro de Voo, que foi extinto pela automação. Entretanto, é a primeira vez que algo mais concreto, com um projeto já em desenvolvimento, é anunciado para este tipo de certificação.

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