O Airbus A350 é “muito pequeno” e não se encaixa no tamanho que a Emirates precisa, afirmou o seu CEO.
A empresa árabe chegou a encomendar o A330neo e A350, mas desistiu do A330neo e chegou a cancelar o A350, voltando atrás anos depois. Atualmente, a empresa tem 50 unidades encomendadas do A350, mas não parece totalmente contente com isso.
“A Airbus tem um grande portifólio de aeronaves, mas olha, o A350-1000 é muito pequeno. Como vamos lidar apenas com A320 e A350? Precisamos de algo maior”, disse o CEO da Emirates, Tim Clark, em tom de brincadeira para jornalistas presentes na Assembleia Geral Anual da IATA, a AGM 2022.
A necessidade por aviões maiores faz com que a Emirates seja a principal compradora dos maiores jatos disponíveis do mercado: O A380 e o 777X. Críticas foram feitas também ao 787, do qual Clark já tinha falado que perdeu o interesse.
“Eu não sei o que faremos se o 777-9X não vir. Teremos o 787-10, é isso? Como vamos colocar dois 787 num aeroporto restrito como Heathrow, em Londres? E como faremos isso em Sydney, São Francisco?”, pontua Tim Clark, apontando que o A380 ainda é a solução para os aeroportos congestionados que a Emirates opera.
No final, ainda em tom sarcástico, Clark afirma que está planejando um “A380 de três motores, mas que não disse ainda ao CEO da Airbus”, Guillaume Faury. Segundo Clark, os quatro motores do A380 afastam novos compradores que querem um avião com consumo menor, mesmo que seja em tamanho ‘reduzido’, deixando apenas a Emirates interessada no jato como ele é hoje.
A cobertura completa do AEROIN na 78ª AGM da IATA, direto de Doha, pode ser conferida neste link.
