Um dos primeiros aviões comerciais da era de ouro da aviação a jato, o Douglas DC-8, completou 65 anos do seu primeiro voo.
Ao longo da história da aviação, diversas aeronaves se destacaram por sua elegância, desempenho e contribuições para o desenvolvimento da indústria. Entre essas notáveis criações está o icônico Douglas DC-8, um avião comercial que marcou uma era na aviação e conquistou o coração de passageiros e entusiastas ao redor do mundo.
O Douglas DC-8, produzido pela Douglas Aircraft Company na cidade de Long Beach, na Califórnia, foi introduzido no mercado na década de 1950, mais precisamente em 1958. O seu primeiro voo foi em 30 de maio de 1958, entrando em serviço meses depois com a Delta Air Lines. Ele foi o primeiro jato de longo alcance da Douglas e rapidamente se tornou um símbolo da era do voo a jato.
Com sua fuselagem elegante e capacidade para transportar 177 passageiros nas versões iniciais, o DC-8 se tornou uma opção popular para companhias aéreas em busca de uma aeronave confiável e eficiente.
O desenvolvimento do DC-8 foi realizado após a Douglas perder a concorrência na Força Aérea dos EUA para o KC-135 da Boeing, o qual era derivado do projeto 367, que também deu origem ao jato civil Boeing 707.
Apesar de ter a metade das vendas do 707, o DC-8 era um rival à altura da Boeing, e muitas empresas acabavam tendo ambas as aeronaves. A Douglas apenas ficou para trás devido a certa falta de inovação, enquanto a Boeing fazia inúmeras versões especializadas para seus clientes.
Inclusive, durante um teste com novo formato de asa (que seria introduzida na Série 40), um DC-8 quebrou a barreira do som durante uma descida controlada, sendo o primeiro jato comercial do mundo a atingir Mach 1, mais exatamente 1.06 (em torno de 1.308km/h).
As versões nomeadas de DC-8-10 até DC-8-72 tiveram 4 motores diferentes, operando em dezenas de países com 556 aeronaves fabricadas. No Brasil, ele voou pela ABSA, BETA, Digex, Panair, Promodal, Skymaster, TCB (vídeo abaixo), Varig e VASP Cargo.
Dentre as estrangeiras que voaram regularmente com ele para o país estão a Alitalia, Aviaco, ATI, Arrow Air, Braniff, Iberia, KLM, Líneas Aéreas Paraguayas (LAP), Pluna e escandinava SAS, entre outras.
Apesar de sua produção ter sido encerrada no início dos anos 1970, o DC-8 continuou a voar nas frotas de várias companhias aéreas por décadas. Muitos exemplares foram aposentados ao longo dos anos, mas alguns sobrevivem até os dias atuais, mantendo sua presença histórica em museus e em voos de exibição.
Hoje ainda há alguns poucos em serviço ativo, pela NASA, pela organização beneficente Samaritan’s Purse e pela sul-africana Trans Air Cargo Service (TACS). A última visita no Brasil, inclusive, foi pela Agência Americana Espacial em 2018: