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O ‘Fantasma de Kiev’ está vivo, diz Força Aérea da Ucrânia

A maior lenda de guerra da Ucrânia, do suposto ‘Fantasma de Kiev’, segue viva, segundo a Força Aérea ucraniana. Mas ela não tem nenhuma relação com piloto mítico e sim com o espírito coletivo do grupo militar. Veja os atuais desdobramentos sobre o assunto.

MiG-29 Fulcrum © Peter Gronemann

A lenda em torno do “Fantasma de Kiev” ou “Ghost of Kyiv” começou ainda na primeira semana de invasão russa na Ucrânia. Ela consistia de um suposto piloto ucraniano do caça Mikoyan-Gurevich MiG-29 Fulcrum que teria sobrevivido ao ataque inicial, escapado ileso da sua base bombardeada e, desde então, aterrorizava pilotos russos.

As contagens dos supostos jatos russos abatidos variavam de 5 (número mínimo para se tornar um ás) até 30. No entanto, tudo não passou de um mito criado para elevar o moral ucraniano no começo do combate, conforme afirmado pela própria Força Aérea do país.

O desdobramento mais recente da história diz respeito à morte em combate do Major Stepan Tarabalka, no final de abril. Logo após sua passagem, publicações nas redes sociais começaram a citá-lo como o “verdadeiro” “Fantasma de Kiev”, segundo reportou até um jornal da capital ucraniana.

Major Stepan com jato L-39 ao fundo – Divulgação

A morte de Tarabalka, que deixou esposa e um filho de 8 anos, foi lamentada pela força aérea do seu país, que lhe homenageou, dizendo que “ele lutou bravamente até o último minuto da sua vida, impondo medo aos russos através da sua resistência”. No entanto, segundo a Força, a perda do compatriota não é suficiente para encerrar a lenda.

Em uma publicação no Twitter, a própria Força Aérea da Ucrânia fez questão de salientar que “a informação sobre a morte do ‘Fantasma de Kiev’ é incorreta. O ‘Fantasma de Kiev’ está vivo, e refere-se ao espírito coletivo dos altamente qualificados pilotos da Brigada de Aviação Tática, que estão bem-sucedidamente defendendo Kiev e a região”.

Com mais essa mensagem, os militares ucranianos tentam salientar que o mito de uma pessoa fazendo a diferença não existiu, e que o coletivo é mais forte do que o individual.

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