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O que esperar de Farnborough, a maior feira aeronáutica do pós-pandemia

A maior feira aeronáutica da Europa e do mundo começa na próxima semana, em sua primeira edição após o início da pandemia e com uma aviação bastante diferente.

Divulgação – FIA

Localizada a alguns quilômetros a oeste de Londres, a cidade de Farnborough recebe bianualmente a feira que leva o seu nome, alterna as edições com a Feira de Le Bourget, no outro lado do canal da Mancha, em Paris. As duas feiras são, tradicionalmente, os maiores eventos aeronáuticos do mundo, tanto em número de expositores, visitantes, aeronaves e negócios fechados.

Novos projetos são apresentados, compras bilionárias são anunciadas e tecnologias disruptivas são lançadas, dando um sentimento do que a aviação deve ser nos anos a seguir. No entanto, este ano será diferente por dois grandes motivos: coronavírus e Rússia.

Se, por um lado, a aviação está pouco a pouco saindo da sua pior crise, iniciada pelo fechamento de fronteiras por causa da pandemia, por outro lado há uma maré de incerteza sobre os rumos do mundo, em meio a uma ação da Rússia contra a Ucrânia e o respectivo impacto nas cadeias de suprimentos.

Por estes dois fatores, a feira se apresenta de maneira diferente, com foco em vencer desafios, tornar o mundo mais sustentável, e sem a presença da indústria aeronáutica russa (que sempre teve seu lugar cativo).

Outra falta a ser sentida será da Mitsubishi, que nos últimos anos estava presente com o seu jato regional SpaceJet, que teve o desenvolvimento suspenso. Também será o primeiro show, em anos, sem a presença do Airbus A380, que teve sua produção encerrada.

Ainda assim, existem expectativas de grandes negócios serem fechados ou anunciados, alguns dos quais já adiantamos, incluindo:

  • Malaysia Airlines encomendando 30 jatos A330neo ou 787 Dreamliner
  • Air India fazendo grande encomenda de até 300 jatos da Airbus ou Boeing
  • Delta anunciando pedido de 100 aviões 737 MAX
  • Turkish decidindo entre o Airbus A220 ou Embraer E2 para sua encomenda de 30 jatos
  • Boeing lançando o serviço de conversão própria do 777-300ER para cargueiro

Outros negócios devem ser anunciados, principalmente no âmbito militar, já que a OTAN está se fortalecendo após a Rússia invadir a Ucrânia. Também se esperam pedidos de aeronaves elétricas ou híbridas, e novidades sobre combustível sustentável (SAF). Grandes encomendas já fechadas, mas ainda não anunciadas, também podem ser reveladas na feira, que começa dia 18 e vai até dia 22.

O AEROIN estará na feira a partir de domingo, dia 17, transmitirá as principais informações em tempo real.

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