Obra emergencial do aeroporto de Fernando de Noronha deve ser concluída em 30 de novembro

Aeroporto Fernando de Noronha – Imagem: Azul Linhas Aéreas

A pista do Aeroporto de Fernando de Noronha, arquipélago pertencente ao estado de Pernambuco, continua a receber as obras emergenciais. Em uma nova informação da Secretaria de Infraestrutura de Pernambuco (Seinfra-PE), as intervenções devem ser concluídas até o dia 30 de novembro.

A intervenção estrutural para a execução de reparos em pontos localizados da pista de pousos e decolagens do Aeroporto, no valor de R$ 1,2 milhão, já atingiu a fase de receber o concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ). Além da pista, as obras incluem restauração total do pátio de estacionamento das aeronaves e pistas de rolamento (taxiway).

De acordo com o Seinfra-PE, apesar de o trabalho ter iniciado no último final de semana, o governo alega que o calendário do serviço teve início no dia 6 de outubro, com um processo de mobilização e transporte de materiais, insumos e equipamentos necessários para a execução dos serviços.

A segunda etapa dos trabalhos inclui ainda a readequação de capacidade da pista, recuperação do pavimento, sistema de drenagem e implantação de sinalização. Para essa etapa, que tem duração prevista de 12 meses, o Governo do Estado está destinando recursos de R$ 59,9 milhões.

Ainda conforme o Seinfra, todos os serviços serão executados no período noturno, durante as janelas de operação do aeroporto, sem prejuízo aos passageiros e em consonância com a legislação aeroportuária, atendendo aos critérios de segurança estabelecidos pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). 

Vale destacar que, sem a permissão de operação com aeronave a jato, a Azul iniciou voos com aeronaves do modelo ATR 72-600, com capacidade para transportar até 70 passageiros. Somente neste mês de outubro, cerca de dez voos diários regulares entre Recife e Noronha serão realizados, além de operações extras para garantir a capacidade de oferta à ilha. 

Já a Gol Linhas Aéreas suspendeu, por ora, temporariamente os voos para o arquipélago, tendo realizado apenas uma operação pontual com aeronave ATR-72 para resgatar um grupo de pessoas que ficaram presas devido às restrições.

Proibição dos voos com aeronaves a jato

Segundo a ANAC, após três anos monitorando as condições operacionais da pista de pouso e do Aeroporto de Fernando de Noronha, e solicitando medidas corretivas que não resultaram, foi necessário determinar a restrição parcial das operações de pouso de aeronaves com motores à reação.

A medida, vigente desde o dia 12 de outubro, deve-se à verificação de risco à segurança das operações, dos passageiros e tripulantes e será mantida até que o operador aeroportuário demonstre o cumprimento das determinações definidas pela Agência, no âmbito dos requisitos de segurança operacional (manutenção, operações aeroportuárias e resposta à emergência) contidos no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 153 e na Resolução n° 279/2013.

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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