Nesta terça-feira, 29 de março, o Conselho Nacional de Segurança no Transporte dos Estados Unidos (NTSB) informou que a China emitiu os vistos para que os investigadores e consultores técnicos americanos viajem até o país para os trabalhos de investigação da queda do Boeing 737-800.
Embora o acidente do avião de matrícula B-1791 pertença à companhia chinesa China Eastern Airlines e tenha acontecido na China, é padrão nas investigações aeronáuticas que se forme um grupo com representantes dos países relacionados à fabricação da aeronave e motores, além de outros sistemas, conforme o caso.
Neste acidente, o Boeing 737 é fabricado pela Boeing nos Estados Unidos, assim como os motores são feitos pela também americana CFM International, portanto, além do NTSB, a equipe conta com representantes da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) e das duas empresas fabricantes.
A China segue com grandes restrições à entrada de viajantes no país, ainda como forma de combater a Covid-19, mas a demora na liberação dos vistos chamou a atenção, já que se trata de uma situação particularmente importante.
O NTSB havia informado no mesmo dia do acidente, 21 de março, que nomeou um investigador sênior de segurança aérea como representante credenciado dos EUA para a investigação.
Mesmo diante da ida à China, o NTSB destaca que sua equipe não divulgará nenhuma informação sobre a investigação, pois essa autoridade pertence ao governo chinês, conforme o Anexo 13 da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), que contém as Normas e Práticas Recomendadas Internacionais para Investigação de Acidentes e Incidentes Aeronáuticos.