Diversos órgãos públicos de Santa Catarina tiveram papel crucial no simulado realizado na última quarta-feira, 28, no Aeroporto de Florianópolis, que testou a capacidade de resposta a um acidente aéreo com múltiplas vítimas. O exercício envolveu a simulação de um avião saindo da pista e exigiu a atuação coordenada de diferentes agências do Estado, com a Defesa Civil liderando as operações de emergência. Um Boeing 737F da Total Cargo foi utilizado no treinamento.
O evento contou com a participação ativa de instituições como a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Estado da Saúde, SAMU, entre outras, todas trabalhando de forma sinérgica para testar a resposta a um acidente de grandes proporções.
A Defesa Civil, por meio do Centro Integrado de Operações (CIOP), foi responsável por acionar e coordenar a integração entre essas diversas agências, garantindo que as operações acontecessem de forma eficiente e organizada.
“A Defesa Civil tem um papel essencial em situações como esta, coordenando e garantindo a integração de todas as forças envolvidas. Este simulado nos permite identificar pontos de melhoria e fortalecer a preparação das nossas equipes, visando sempre a segurança da comunidade e a eficácia no atendimento de situações críticas”, afirmou Aldrin de Souza, gerente de operações da Defesa Civil.
Para o capitão do CBMSC Gustavo Roesner, exercícios como este são essenciais para fortalecer a integração entre as instituições. “Esse tipo de treinamento permite avaliar o tempo de resposta, identificar falhas e melhorar os procedimentos adotados atualmente, garantindo que os recursos empregados sejam suficientes e que a comunicação entre os órgãos seja eficaz“, destacou o capitão.
Já tenente-coronel Hugo Manfrin, comandante do Batalhão de Operações Aéreas (BOA), ressaltou a importância da proximidade do BOA com o aeroporto, possibilitando um atendimento inicial ágil e o encaminhamento de vítimas graves com o apoio do helicóptero Arcanjo. “Além disso, o projeto Sangue Total nos permite realizar transfusões sanguíneas durante o transporte aéreo, aumentando significativamente as chances de sobrevivência em casos críticos“, completou.
O treinamento teve como principal objetivo testar as equipes de resgate e segurança para situações reais de emergência. Além disso, médicos e profissionais de saúde participaram do exercício, realizando atendimentos simulados às vítimas do acidente, o que ajudou a reproduzir o mais fielmente possível as condições de uma emergência aérea.
A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil ressaltou a importância de iniciativas como essa para o fortalecimento da capacidade de resposta a incidentes críticos. “Estamos comprometidos em monitorar e apoiar todas as ações de treinamento, para que, em um eventual incidente real, a resposta seja ágil, eficiente e bem coordenada”, destacou o Secretário da Proteção e Defesa Civil, Fabiano de Souza.
Esse simulado de grande escala não só permite testar a prontidão das equipes, mas também reforça a importância do treinamento contínuo para enfrentar situações de emergência, proporcionando aprendizado valioso para futuras operações de resgates e atendimentos a vítimas.
SAMU
As equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Santa Catarina participaram do simulado de acidente de avião com o Corpo de Voluntários de Emergência (CVE), no aeroporto de Florianópolis.
Os voluntários do simulado são pessoas que trabalham no aeroporto de todas as áreas, que precisam estar preparadas e saber como agir, porque são elas que vão remover as vítimas do acidente, antes do socorro chegar. No total, 70 voluntários participaram do simulado, desempenhando o papel de vítimas.
Para a prática foi criada uma estrutura com lonas. As vermelhas para atender vítimas mais graves, as amarelas para as intermediárias, as verdes para as vítimas que estão andando e a preta no caso de óbito. No local foi realizado o atendimento pré-hospitalar com a participação dos bombeiros e do SAMU.
Após a triagem, as vítimas receberam atendimento pré-hospitalar, coordenado por equipes do CBMSC e do SAMU, com posterior definição do transporte para hospitais, realizado via ambulância ou helicóptero, dependendo da gravidade do caso.
O principal objetivo do exercício foi avaliar a eficiência dos protocolos de emergência e resgate em cenários de acidentes aéreos, além de identificar oportunidades de melhoria nos processos. A atividade também reforçou a importância da integração entre os órgãos e a comunicação rápida e clara durante uma crise.
Neste mês de novembro, simulados semelhantes foram realizados nos aeroportos de Joinville, Navegantes e Florianópolis, reforçando a preparação do estado para lidar com incidentes aéreos de grande escala.
“Hoje no simulado as vítimas participaram com uma etiqueta no peito informando as lesões que sofreram. Cada vítima passava por uma triagem, e em seguida era encaminhada para as lonas adequadas. Após atendimento médico das equipes, a vítima já tinha uma definição para qual hospital seria levada e de que forma: de helicóptero ou ambulância”, explica Alfredo Hebbel Busch, médico e gerente técnico da Superintendência de Urgência e Emergência.
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