O destino de dois A220-300 que eram operados pela “misteriosa” empresa aérea Air Sinai será mudado. A informação per se não é uma total novidade, pois, em março, o governo egípcio já havia sinalizado que a empresa, que só fazia voos entre o Cairo e Tel Aviv com aeronaves sem identificação, seria substituída pela EgyptAir na rota.
O destino das aeronaves, que são novas, tornou-se conhecido através de uma declaração da Ibom Air, seguido da informação de que um deles já está até pintado nas cores de sua nova operadora. Uma foto publicada pelo site de notícias de aviação Nigerian FlightDeck mostra que o primeiro do par, o SU-GFA (msn 55061), já foi repintado com as cores da Ibom Air.
Ainda não está claro se a Ibom Air assumirá a aeronave em regime de dry lease ou wet lease da EgyptAir.
Até recentemente, essas aeronaves, que tem menos de dois anos, eram usadas pela Air Sinai, cujo único propósito era operar voos regulares entre Cairo e Tel Aviv. Ambos os A220 operavam para a Air Sinai em libré totalmente branca para evitar associações politicamente inconvenientes com a EgyptAir.
Tudo isso por conta da resistência de uma parte da sociedade egípcia sobre os tratados que o país tem com Israel (muitos são contrários). Um exemplo está no falecido ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak, que jamais permitiu que uma companhia aérea estatal pousasse em Israel.
No entanto, agora, com os acordos regionais no Oriente Médio e as quebras de paradigma na região, a Egyptair apresentou um pedido oficial para operar voos para Tel Aviv, segundo autoridades confirmaram. O desenvolvimento segue a visão do Egito de que os históricos Acordos de Abraão entre Israel, Bahrein e os Emirados Árabes Unidos aliviaram dramaticamente as tensões regionais e abriram novas possibilidades para viagens e comércio.
O Egito busca substituir a companhia aérea menor pela nacional e, com isso, tornar “oficial” a ligação entre os países e abraçar um mercado repleto de turistas, que costumam emendar uma visita a Israel, após passar um tempo na terra dos faraós.
