Após registros de apenas 57 entregas de aeronaves comerciais em 2022, agora a Embraer prevê recuperar a produção de jatos para um ótimo nível pré-pandêmico. Ao final de 2026, aproximadamente 100 aviões serão fabricados por ano, dizem as estimativas da empresa, anunciadas em um encontro com a imprensa internacional na Europa, como relata o Flight Global.
De acordo com o Diretor Financeiro da Embraer, Antonio Carlos Garcia, este ano cerca de 65-70 unidades estão previstas para a entrega. A grande novidade é que, pela primeira vez, mais unidades do novo modelo E2 serão entregues do que da geração anterior, E1.
O Presidente-Executivo da Commercial Aircraft, Arjan Meijer, informou que a empresa tem visto um aumento da demanda de vendas, a redução nos desafios da cadeia de suprimentos e a diminuição da escassez de pilotos nos Estados Unidos. A produção de aeronaves está avançando na recuperação da pandemia.
Meijer ainda acredita que muitas companhias aéreas optarão por seguir a adição de modelos menores e baratos, como os E190/E195, como exemplificou a recém celebrada parceria da Scoot, de Cingapura, com o arrendador Azorra.
No que diz respeito à aquisições na Ásia, Meijer acredita que, com a certificação da Autoridade de Aviação Civil da China já garantida e com a expectativa de aprovação do E195-E2 até o final deste ano, essa região tem forte potencial.
Outro “grande sonho” da fabricante brasileira é alcançar uma estabilidade no mercado dos Estados Unidos e, consequentemente, de vendas para reposição das frotas atualmente existentes do E175. Isso, entretanto, depende de negociações com sindicatos e de nova regulamentação.
Quando se trata do desempenho operacional da família E2, Meijer destacou há alguns desafios no fornecimento e suporte dos motores Pratt & Whitney (P&W) PW1900G, mas, segundo ele, já existem soluções pensadas para dar um maior bem-estar da frota ao longo dos próximos anos.