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Ouça a despedida do controlador do aeroporto de Belém que será transformado em parque

Imagem: Aeroclube do Pará, via Facebook

Conforme acompanhamos ao longo de 2021, o Aeroporto Internacional Val-de-Cans – Júlio Cezar Ribeiro, de Belém, no Pará, estava sendo preparado para receber as operações da aviação geral do Aeroporto Brigadeiro Protásio de Oliveira, em função do iminente fechamento deste último.

Após 85 anos desde que nasceu, em 1936, como um campo de aviação militar, e 45 anos desde que foi aberto, em 1976, ao tráfego aéreo e uso público, o aeródromo agora dará lugar à construção de um parque público estadual de 120 hectares.

E ao contrário do que ocorreu com o Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte (MG), que também seria desativado nesta virada de ano, mas ganhou alguns meses extras de operação, o Brigadeiro Protásio não teve a mesma “sorte” e os trabalhos do encerramento de suas operações seguiram conforme o planejado no dia 31 de dezembro.

Em função do fim dos serviços de controle de tráfego aéreo da torre do aeroporto, o controlador emitiu uma mensagem especial de despedida e agradecimento na última comunicação na fonia. Ouça a seguir o áudio daquele momento, enviado ao AEROIN por diversos leitores, e abaixo da gravação relembre mais detalhes sobre a preparação para essa mudança de operações para o Val-de-Cans.

Nova casa no Val-de-Cans

O Ministério da Infraestrutura (MInfra) e o Governo do Pará definiram a desativação definitiva do aeroclube de Belém-Aeroporto Brigadeiro Protásio de Oliveira (SBJC) ainda no final de 2020. Naquele momento, foi anunciado que as operações realizadas pela Aviação Geral seriam transferidas, temporariamente, para o Aeroporto Internacional de Belém/Val-de-Cans.

Conforme o Acordo de Cooperação Técnica assinado pelos governos federal e estadual, a transferência operacional para o aeroporto da capital paraense teria o prazo máximo de cinco anos. Nesse período, seria construído um novo pátio definitivo para a aviação geral.

A desativação completa do aeroclube só aconteceria após as obras de adequação do Val-de-Cans para garantir a continuidade das operações da Aviação Geral, sem impactos. “É bom deixar claro que a aviação geral não será prejudicada ou impactada. Nenhuma operação será descontinuada durante este processo. O Val-de-Cans tem espaço suficiente para receber as demandas da aviação geral”, destacou o ministro Tarcísio Gomes de Freitas, em nota divulgada à imprensa.

O ministro dizia confiar na celeridade do processo para que a Infraero iniciasse o quanto antes as obras de adequação no Val-de-Cans. “Vamos fazer as obras o mais rápido possível. A Infraero recuperou a pista do Santos Dumont em 29 dias e o de Congonhas, em 31”, avaliou Tarcísio. “Belém vai ganhar um belíssimo parque em um espaço que não fazia mais sentido pela proximidade e tamanho do Val de Cans. Tenho certeza de que será mais um atrativo e diferencial da cidade”.

De fato, o processo foi rápido. Em março de 2021, a Infraero apresentava o estudo preliminar para a construção de um novo pátio no Aeroporto Internacional de Belém.

A nova área teria 37 mil m² de pátio de aeronaves e estacionamento de veículos para receber as operações de aviação geral do Aeroporto Brigadeiro Protásio. O estudo previa que o pátio poderia receber até 56 aeronaves. Um novo terminal, com 300 m², seria também construído para receber passageiros e tripulações da aviação geral.

Imagem: Infraero

Algum tempo depois, já em julho de 2021, a Infraero apresentava um vídeo com a concepção gráfica de como seria a nova área, bem como informações mais refinadas sobre o projeto.

Ficou determinado que o novo pátio teria capacidade para 50 aeronaves, três novas pistas de taxiamentos, acesso viário e estacionamento de veículos, e o novo terminal ficaria com 340 m², com a área total compreendendo 43 mil m².

Veja a seguir o vídeo apresentado pela Infraero em julho, com as imagens do que os aviadores e passageiros da Aviação Geral passam a encontrar a partir deste 2022 no Val-de-Cans:

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