Outros dois aviões que servem à Presidência da República e a outros membros do alto escalão dos Três Poderes, tiveram seu rastreamento bloqueado nas principais plataformas de acompanhamento de voos online.
Como o AEROIN noticiou anteriormente, o Airbus A319 que serve ao Presidente da República, de matrícula FAB-2101, já havia sido bloqueado no Radarbox, uma das principais plataformas de rastreamento de voos, no primeiro mês deste ano. Antes disso, o jato já estava bloqueado no FlightRadar24.
Agora, ficou confirmado que ao menos mais duas aeronaves, os Embraer E190 de registros FAB2590 e FAB2591 e designados VC-2 na força, também estão bloqueado do rastreamento online, tanto no FlightRadar24 quanto no Radarbox.
A aeronave, já apelidada de “Força Aérea Dois” por ser um suporte ao A319 e por servir mais ao Vice-Presidente, também voa com o Presidente se necessário, principalmente para aeroportos menores e voos domésticos mais curtos. O mesmo modelo também transporta ministros e parlamentares em missões pelo país.
Um dos últimos registros visuais da aeronave aconteceu na última quinta-feira, quando o Presidente Lula saiu de Brasília para São Paulo. Como mostra o vídeo abaixo, o FAB-2590 chegou em Congonhas usando o indicativo de chamada “Força Aérea Um”, que é quando o Presidente está a bordo:
No entanto, apesar do voo de Lula, ao consultar os sites RadarBox e FlightRadar24, que são os maiores rastreadores de voo da internet, consta que a aeronave tem seu acompanhamento bloqueado ou não tem histórico de voo, mesmo voando normalmente.
O último voo que foi possível acompanhar do FAB-2590 foi em 21 de janeiro, de Brasília para Boa Vista, como mostra este link. Desde então, não é possível mais acompanhar o voo, com exceção da plataforma ADS-B Exchange, que mostra exatamente que o último voo foi exatamente indo pra São Paulo como FAB-01.
Esta medida vem num momento em que o terceiro governo de Lula tem utilizado 46% a mais os aviões executivos da FAB nos primeiros 40 dias de governo, quando comparado ao do antecessor Jair Bolsonaro, segundo reporta o UOL. Já o Estadão divulgou que o novo governo não tem divulgado dados de gastos com as viagens domésticas e internacionais de Lula mesmo quando solicitado pela Lei de Acesso à Informação (LAI).
A recusa do Ministério da Fazenda se dá sob a justificativa de que “as informações são de caráter pessoal” e que demoraria mais tempo para consolidação dos dados, apesar de não informar prazo, mesmo que a LAI exija.
Já a futura viagem à China foi colocada sob sigilo por razões de segurança, segundo o governo, o que também inclui as despesas, algo incomum e que não era feito até janeiro. A única lista sigilosa era a lista completa de passageiros. Transparência de informação é fundamental em qualquer democracia.
