
A Força Aérea Real da Nova Zelândia (RNZAF) realizou uma rara missão de resgate médico no meio do inverno na Antártica. Usando uma aeronave C-130H Hercules, os militares neozelandeses resgataram um americano na Estação McMurdo que tinha uma doença não ameaçadora à vida, mas que requeria atendimento indisponível no continente gelado.
Para chegar no local, os pilotos enfrentaram clima instável e ausência de luz do dia, tendo sido auxiliados por óculos de visão noturna (OVNs), os mesmos que haviam sido adotados em uma missão similar em julho de 2021.
A rota do voo decolou da base aérea de Auckland, parou em Christchurch, antes de seguir para a Antártica, onde encontrou uma temperatura mínima de -33°C, com sensação térmica de -40°C devido ao vento.
A pista de gelo no aeroporto de Phoenix foi preparada pela equipe da estação McMurdo, com limpeza e compactação da neve. No planejamento do voo, os pilotos estabeleceram um “ponto de não retorno seguro”, apelidado de “bumerangue”, para decidir se continuavam ou regressavam.
A parada na Antártida foi rápida. Para que o combustível não congelasse, o reabastecimento foi realizado com o motor acionado (“hot fuelled”). No final, a missão foi bem-sucedida no transporte do paciente a Christchurch para atendimento médico, evidenciando a competência e versatilidade da equipe da RNZAF ao lidar com um dos ambientes de voo mais desafiadores que existem.
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