Pai piloto, mãe comissária e filha agente de embarque: empresa aérea apresenta sua “família voadora”

Imagem de fundo: Imagem: AleGranholm / CC BY 2.0, via Wikimedia Commons

Sempre que Markku Kaipainen e seu irmão Asko ouviam um avião sobrevoar a fazenda de sua família, eles paravam o que estavam fazendo e corriam para fora para tentar descobrir para onde ele poderia estar indo.

Sulkava é uma pequena e pacata cidade no sudeste da Finlândia, nas margens do Lago Saimaa. E foi onde o sonho de Markku de pilotar aviões decolou pela primeira vez.

“Nem sei por que, mas desde muito jovem sempre sonhei em ser piloto”, diz Markku.

Quando ele contou à mãe o que queria fazer quando crescesse, ela lhe disse que se ele estudasse e se esforçasse bastante na escola, talvez seu sonho pudesse se tornar realidade. Ele ouviu e, em 1989, começou sua carreira pilotando aeronaves turboélice Saab 340 para a Finnaviation, uma pequena companhia aérea que mais tarde se tornaria parte da Finnair.

Hoje, Markku pilota os jatos de fuselagem larga Airbus A330 e A350 da Finnair para destinos como Doha, Cingapura, Nova York e qualquer outro lugar no mundo. E falando de voos para Nova York, este é o momento perfeito para apresentar Maiju Kaipainen, filha de Markku e agente de embarque da Finnair.

Maiju tem muitas lembranças de visitar seu pai no trabalho quando criança, mas a primeira vez que ela voou com ele na cabine foi em um voo de Helsinque para Nova York, cerca de oito anos atrás.

“Definitivamente foi diferente saber que meu pai estava pilotando o avião”, diz Maiju.

De brincadeira de criança a carreira no aeroporto

Assim como Markku, Maiju já sabia no ensino fundamental o que queria fazer quando crescesse.

“Minha melhor amiga e eu costumávamos brincar de ‘aeroporto’ nos estábulos locais. A mãe dela era agente de embarque no aeroporto de Savonlinna e ela nos ensinava a verificar as passagens das crianças, embarcá-las e fazer os anúncios de embarque”, diz Maiju.

Com as brincadeiras de agente de portão e crescendo ouvindo histórias sobre todos os lugares para onde seu pai voava para trabalhar, era certo que Maiju o seguiria na indústria da aviação. Mas será que ela já considerou outras posições?

“Houve um tempo em que pensei em ser comissária de bordo, mas naquela época eu era muito jovem e muito baixa”, diz ela.

Além disso, Maiju diz que gosta de trabalhar em segundo plano, mantendo os pés no chão para trabalhar e voando principalmente para se divertir. Isso é algo que ela e o pai Markku não concordam. 

“Não gosto de voar como passageiro, principalmente porque é chato”, diz Markku. “É muito mais interessante planejar a rota, estudar a previsão do tempo e pilotar o avião de fato – principalmente as decolagens e aterrissagens”, completa o piloto.

Uma nova geração de membros da família voadora?

Markku e Maiju ocasionalmente se encontram no aeroporto de Helsinque. E há outro membro da família que também pode encontrá-los lá. A esposa de Markku e madrasta de Maiju, Maria Kaipainen, também trabalha no “negócio da família”, como gerente de experiência de pessoas na Unidade de Experiência de Bordo da Finnair.

Assim como Markku e Maiju, Maria também sempre soube que queria trabalhar em um ambiente internacional cercado de pessoas. Mas a aviação não foi uma vocação de infância. “Foi mais como um sinal”, diz ela.

“Alguém sugeriu que eu seria uma ótima comissária de bordo e, na próxima vez que abri o jornal, havia um anúncio dizendo que a Finnair estava procurando tripulante de cabine”, comenta Maria. Após um treinamento e alguns anos trabalhando na venda de passagens, ela subiu aos céus como tripulante de cabine. Não demorou muito para que ela começasse a ter preferência sempre pelo mesmo piloto. “Foi como, ‘Oh, olá de novo!’”, diz Maria, rindo.

Imagem: Finnair

Dezessete anos e dois filhos depois, pode haver uma nova geração de Kaipainens voadores no horizonte.

O filho deles, Markus, de 13 anos, já mostra interesse em se tornar um piloto. E Kiira, de 14 anos, passa horas com pai Markku estudando suas rotas de voo e previsões do tempo.

Ecoando as palavras de sua mãe na fazenda da família em Sulkava, Markku diz: “Se eles estudarem o suficiente e se saírem bem na escola, podem fazer o que quiserem”. Nem mesmo o céu é o limite.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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