Uma proposta recente prevê que os palestinos poderão, pela primeira vez, embarcar em voos a partir de Israel,decolando do aeroporto de Eilat, no sul do país. A proposta, no entanto, não tem agradado a Autoridade Palestina, que vê a medida como segregacionista, além de fazer outras exigências.
Como destaca o The Jerusalem Post, hoje, se os palestinos querem voar para o exterior, eles têm que fazê-lo através da fronteira de Allenby, na Cisjordânia, de onde podem viajar para a Jordânia. Lá eles podem embarcar em um avião no aeroporto da capital Amã, que os levará a destinos na Turquia ou Arábia Saudita.
Agora, o governo israelense divulgou um plano para facilitar as viagens para os moradores dos Territórios Palestinos. Eles devem poder voar para Istambul de Ilan e do Aeroporto Asaf Ramon, em Eilat. Diz-se que a Pegasus Airlines já foi solicitada a operar os voos e que os primeiros testes já estão previstos para agosto.
Palestina rejeita
No entanto, a Autoridade Palestina já rejeitou a proposta de Israel. Segundo o portal The New Arab , um porta-voz disse que o plano era um ato unilateral e inaceitável. A exigência palestina, é que o governo israelense deve devolver o Aeroporto de Atarot, também conhecido como Aeroporto Internacional de Jerusalém.
Esse aeroporto estava sob controle jordaniano até a Guerra dos Seis Dias de 1967, quando Israel o assumiu e o transformou em um aeroporto doméstico. Foi então fechado inteiramente durante a Segunda Intifada. Até hoje, a Autoridade Palestina reivindica como seu aeroporto.
A última palestina
A última empresa aérea de bandeira palestina foi a Palestina Airlines, uma empresa forçada a cessar as operações em 2014 por seus voos, que partiam do Egito, se mostrarem inviáveis. Depois disso, a companhia ainda ganhou algum dinheiro alugando seu Fokker 50, mas, após o surto da pandemia de Covid-19, esta chegou ao fim e o governo decidiu liquidar sua operação.
Em termos de terminais aeroportuários, o maior dos palestinos, o Aeroporto Internacional Yasser Arafat, na Faixa de Gaza, foi fechado por Israel durante a Segunda Intifada e também foi bombardeado e amplamente destruído em 2001.