Para ativistas, taxas ambientais sobre passagens aéreas só afetam quem voa pouco e pedem mais

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Grupos de ativistas ambientais não esperam que as novas taxas aplicadas sobre a compra de passagens aéreas impeçam muitas pessoas de reservar férias por via aérea. Organizações como Greenpeace, Milieudefensie e Natuur & Milieu veem a medida como um bom começo, mas consideram os 26 euros muito baixos (no caso de voos partindo dos Países Baixos). 

“É uma gota no oceano“, disse o Greenpeace à imprensa local. “É preciso mais para impedir que as pessoas peguem o avião. Mesmo agora, as passagens aéreas continuam muito baratas. É desproporcional ao dano climático de tal voo”.

Segundo a Milieudefensie, a taxa afeta apenas um pequeno grupo de pessoas e terá pouco efeito nos chamados passageiros frequentes. “Essa é uma oportunidade perdida, porque 8% das pessoas são responsáveis ​​por 40% dos voos”, disse um porta-voz. “Especialmente esse grupo deve pagar”. A organização, portanto, defende uma taxa de voo progressiva “mais eficaz e justa”. Isso significa: quanto mais você voa, mais você paga por passagem.

A Natuur & Milieu também considera que a taxa é “um passo na direção certa”, mas acredita que o preço do bilhete deve ser aumentado ainda mais. “Voar tem sido muito barato há anos e o preço é mantido artificialmente baixo pelo governo”, disse um porta-voz. “A demanda por voar ainda é tão grande que mais precisa ser feito.”

Os grupos ambientais também propõem um aumento no preço dos voos longos e o número de voos (curtos) deve ser limitado.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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