
Sempre sincero com as palavras, o CEO da Qatar Airways, Akbar al Baker, entende que o desvio do avião da Ryanair, sob uma falsa ameaça de bomba como pretexto para capturar um passageiro, foi um sequestro patrocinado pelo estado bielorrusso. Além disso, o executivo entende que o fato de o piloto não ter seguido seu voo até Vilnius foi um “erro básico”.
À Bloomberg, vide abaixo, Al Baker disse que “isso é algo que nunca deveria ter acontecido e que criará um precedente para que outros países façam o mesmo quando houver alguém que eles desejam em um avião. Em segundo lugar, penso que o piloto cometeu um erro fundamental ao não seguir para Vilnius porque era um aeroporto mais próximo do que Minsk. Porém, pelo que entendi, houve algum tipo de comunicação dos controladores de tráfego aéreo que o obrigaram a ir para Minsk”.
The forced landing of a Ryanair jet flying over Belarus “is something [that] should have never happened,” says Qatar Airways CEO Akbar Al Baker.
— Bloomberg Quicktake (@Quicktake) May 31, 2021
More from @business https://t.co/JXUdgjn9cL pic.twitter.com/8KH12ttH1O
Em uma transcrição das comunicações entre o piloto e os controladores de tráfego aéreo de Minsk, divulgada pelo regime bielorrusso logo após o incidente da semana passada, o piloto da Ryanair questiona repetidamente sobre a necessidade de desviar o voo antes de finalmente concordar com a recomendação proposta pelo controle de tráfego aéreo. Uma vez no solo, as forças de segurança prenderam o jornalista e ativista Roman Protasevich e o avião seguiu, mais tarde, para Vilnius, com menos cinco pessoas a bordo.
Apesar da crítica ao piloto da Ryanair, o executivo da Qatar Airways disse que sua empresa continuará voando sobre a Bielorrússia, se necessário, pois não quer “misturar seus assuntos com política”.
Resta saber como um piloto da Qatar reagiria diante da pressão de ter um caça escoltando o avião.