
A China já está se preparando para a guerra comercial iniciada pelo governo de Donald Trump e usará a Airbus a seu favor.
Desde o anúncio do aumento das tarifas para produtos importados, empresas aéreas chinesas decidiram suspender o recebimento de novas aeronaves da Boeing, medida que está sendo adotada também por empresas europeias.
Enquanto a fabricante chinesa estatal COMAC tem comprado o máximo possível de motores nos últimos tempos, visando manter a linha de produção do C919 sem interrupções — já que a aeronave utiliza o motor americano CFM LEAP — o governo chinês também atua em outras frentes.
Fontes oficiais chinesas afirmaram à Bloomberg que foi solicitado à Airbus o envio dos novos aviões — no caso, da família A320neo e A350XWB — com ao menos um par extra de motores. Isso normalmente é feito apenas nas primeiras unidades de uma encomenda, com o objetivo de manter um estoque mínimo para troca rápida em casos de eventos não programados, como colisões com pássaros.
A estratégia por trás disso é que, se a aeronave vier da Alemanha ou da França, mesmo com motores americanos instalados ou adquiridos em conjunto, esses componentes não sofrerão a taxação extra de 145% que Pequim impôs a produtos americanos, em resposta ao tarifaço de Trump — que agora atinge 245% sobre o valor dos produtos chineses enviados aos EUA.
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