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A colisão de uma aeronave com um caminhão tanque durante o taxi no aeroporto de Toronto, no Canadá, foi agravava por uma confusão a bordo entre passageiros e a comissária que comandava a evacuação. O motivo da discussão foi a tentativa da tripulante de cumprir as orientações de segurança para um desembarque rápido em situações de emergência, enquanto os usuários tentavam resgatar as próprias bagagens. A tripulante chegou a ser ameaçada e foi agredida verbalmente.
A confusão ocorreu em 10 de maio de 2019 e teve o relatório elaborado pelos investigadores do Transportation Safety Board of Canada finalizado em 2 de setembro (sobre o qual falamos aqui).
Um voo regional da companhia aérea Jazz Aviation, que operava uma aeronave da Air Canadá Express, precisou retornar para o Aeroporto Toronto Pearson devido às más condições climáticas no destino, o Aeroporto de Sudbury, em Ontário.
Após o pouso
Após o pouso, o Havilland DHC-8-311, um avião de pequeno porte, com 52 passageiros a bordo, foi atingindo por caminhão tanque de 50 mil quilos, carregado de combustível, que cruzava a pista de taxiamento. O choque, próximo a cabine do piloto, fez a aeronave girar 120 graus e bater com a cauda da traseira do caminhão.
A primeira orientação do comandante foi para os passageiros permaneceram calmos e em seus lugares. Alguns viajantes, entretanto, ignoraram o pedido, desafivelaram os cintos de segurança e se levantaram. Dois passageiros da parte traseira do avião abriram a saída de emergência e saíram da cabine, apesar das hélices ainda estarem girando e se colocando em ainda mais perigo.
Apesar de, felizmente, não terem sido atingidos pelas hélices, os dois tiveram ferimentos leves durante a saída, pois não seguiram a técnica de evacuação descrita no cartão de segurança do passageiro. Outro passageiro se feriu por não estar com o cinto de segurança afivelado no momento da colisão. A orientação geral é que o equipamento seja aberto apenas após a parada total da aeronave. Duas crianças pequenas se feriram após serem arrancadas do colo dos pais pela força da colisão. Ao todo, 15 passageiros se feriram.
A comissária tentou, mas…
Ao perceber a tensão a bordo e sentir cheiro de combustível, a única comissária a bordo do voo decidiu iniciar a evacuação de emergência.
Segundo portal canadense Western Aviation News, durante o procedimento, alguns passageiros permaneceram perto da saída, bloqueando a passagem, enquanto outros ignoravam completamente os comandos da tripulante para deixar seus pertences pessoais para trás. Um passageiro até subiu de volta na aeronave para pegar a bagagem de mão e outros tentaram fazer o mesmo. Ao tentar controlar o tumulto, passageiros ofenderam e ameaçaram a comissária.
Ao todo, a evacuação demorou 2 minutos e meio, acima dos 90 segundos que o limite de segurança para evacuação estabelecido pela agência de regulação local para uma aeronave de passageiros do tamanho do Havilland DHC-8-311.
De acordo com o relatório, a tripulante, que não teve o nome divulgado, agiu corretamente e de acordo com o treinamento recebido. Os investigadores de segurança disseram que as ações de alguns dos passageiros aumentaram o risco de ferimentos graves e morte e que total de feridos seria menor que se a comissária tivesse sido ouvida.
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