Para se livrar dos Embraer E190, JetBlue deve vendê-los e alugá-los de volta

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A primeira cliente dos Embraer E190, a americana JetBlue, está buscando opções para retirar os jatos brasileiros da sua frota de aviões próprios.

Foto de Anna Zvereva via Wikimedia

A empresa estreou os modelos mundialmente em 2005 e, agora, pouco mais de 15 anos depois, está próxima de avançar para sua aposentadoria nos próximos anos. Alguns dos jatos Embraer E190 de primeira geração que voaram na empresa americana chegaram a ser repassados, posteriormente, para a brasileira Azul Linhas Aéreas, companhia irmã já que compartilham o mesmo fundador: o paulista David Neeleman.

Mas estes jatos, mesmo na Azul, já estão saindo de serviço, na medida em que envelhecem e a empresa americana tem, ainda, nada menos do que 60 jatos E190-E1, sendo que a metade destes são próprios e a outra metade alugada (através de contratos de leasing).

Os jatos que estão nesta última situação encontram uma “fácil solução” quando chegar a época de sua aposentadoria já que, quando o contrato de leasing vencer, a JetBlue simplesmente os devolve para o lessor (locatário e dono do avião).

Já para os aviões próprios, ela terá que arrumar novos compradores. E aí que vem uma estratégia bastante usada na aviação para aviões novos (a GOL tem usado em alguns de seus Boeing 737, por exemplo) e também para os usados. É o chamado Sale-and-Leaseback.

Nesse modelo de transação, o dono do avião, no caso a JetBlue, vende o jato para uma empresa de leasing, com o compromisso de que irá alugá-lo de volta, garantindo uma “renda” para o novo dono do avião. Isto é utilizado muito quando a empresa aérea compra o avião direto da fábrica para garantir encomendas, mas opta pelo método mais viável de operação que é o leasing.

Segundo a FlightGlobal, a JetBlue estaria negociando os jatos com apenas um lessor de nome não revelado, e os contratos de leasing dos jatos vendidos e alugados de volta seriam de dois a até sete anos.

Não foi mencionado sobre a possibilidade da JetBlue novamente ceder aviões para a sua mais nova irmã, a Breeze Airways, que por sua vez pegou alguns aviões da Azul:

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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