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Pará treina pilotos para operarem avião apreendido em Jundiaí (SP)

Armando Gonçalves, piloto e diretor do Grupamento Aéreo – Imagem: Segup

Qualificação continuada, manutenção e o uso da tecnologia são as três palavras-chaves para o sucesso da atuação do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) do Estados do Pará, que realiza ações policiais e, desde o ano passado, também atua no combate à pandemia de Covid-19. Desde o início deste ano, o Graesp fez duas mil horas de voo, sem nenhuma intercorrência registrada. 

Para garantir a proteção dos profissionais e das equipes que os acompanham nas missões, o Graesp, vinculado à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), efetuou o “Ground School” para pilotos de aeronaves de asas fixas e rotativas, paralelamente, com carga-horária de 50 horas. Após a conclusão dos estudos, as provas foram enviadas para a certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A capacitação, que ocorreu até o dia 3 de setembro, tem o objetivo de ampliar e atualizar o conhecimento dos pilotos, além de uma preparação para uma nova aeronave que deverá integrar a frota do Grupamento em breve.

O avião Pilatus PC-12 foi apreendido na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo (SP), e tem capacidade para dois tripulantes e até oito passageiros, com valor aproximado de R$ 16 milhões. A aeronave, que está em trâmite final de transferência, será empregada também no combate à pandemia, transportando vacinas, medicamentos e, se necessário, pacientes.

Pilatus PC-12 – Imagem: Divulgação / Synerjet

“A gente fala que a segurança de voo tem três pilares. Uma delas é qualificação, além de tecnologia e manutenção. A qualificação deixa os pilotos cada vez mais habilitados, mais tecnicamente preparados para operar qualquer tipo de aeronave, tanto o Pilatus como também de asa rotativa. Com certeza, aumentará a segurança da operação. A gente terá mais liberdade, mais segurança em transportar e operar na pandemia, no transporte da vacina, em insumos médicos, e conseguimos avançar muito mais sem ter nenhum tipo de incidência”, afirmou o piloto e diretor do Graesp, coronel Armando Gonçalves.

Resultados

O titular da Segup, Ualame Machado, acompanhou os cursos e afirmou que “conhecimento nunca é demais. O Graesp investe no preparo dos seus tripulantes, e os resultados são os melhores possíveis. Um trabalho muito atuante, agora muito mais na logística de vacinas, que contribui para salvar vidas”, afirmou.

A qualificação é obrigatória pela Agência Nacional de Aviação Civil e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) ao receber nova aeronave. No Graesp, a capacitação é constante. Paulo Mitoso, comandante do avião Pilatus e instrutor do curso, enfatizou a necessidade de amplo conhecimento sobre a aeronave, para reduzir, ao máximo, as intercorrências.

“É uma aeronave turboélice, monomotor, preparada para esse tipo de situação, especificamente para nossa região, onde há pistas não preparadas e mais curtas. Esse tipo de avião é muito bom. Por possuir uma boa autonomia, você consegue abastecer, por exemplo, em Belém ou cidades maiores mais próximas, e consegue atingir regiões mais distantes. O treinamento é muito importante para que todos se familiarizem, conheçam as particularidades que ela tem, vejam essas diferenças e, principalmente, conheçam as suas limitações”, ressaltou.

Piloto do Graesp há seis anos, o coronel Armando Bittencourt avaliou positivamente o conhecimento adquirido. “A manutenção de proficiência, de conhecimento técnico é importantíssima para aviação porque quanto mais se conhece, mais seguro se voa. Eu entendo como sendo importantíssimo esse tipo de investimento na qualificação continuada dos tripulantes e pilotos do Grupamento Aéreo”, disse o coronel.

Informações da Segup

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