Passageira com deficiência é esquecida dentro de avião em aeroporto na Inglaterra

Foto de Victoria Brignell (arquivo pessoal)

A administração do aeroporto de Gatwick, na região de Londres, Inglaterra, pediu desculpas a uma passageira tetraplégica que foi deixada por mais de uma hora em um avião após o pouso enquanto aguardava assistência. É o segundo caso do tipo a repercutir no país em menos de duas semanas.

Victoria Brignell, 45, voltava para casa em um voo da British Airways proveniente de Malta no sábado, 4 de junho. Após o pouso, a passageira aguardou por 90 minutos até que agentes do aeroporto trouxessem uma cadeira de rodas para ajuda-la na locomoção. Na Inglaterra, a equipe do aeroporto tem a responsabilidade de ajudar as pessoas com deficiência dentro e fora dos aviões.

Esquecida

De acordo com Brignell, em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, pouco depois de pousar, a equipe da companhia aérea foi até ela e disse que sentia muito, mas as pessoas que deveriam ajuda-la a sair do avião não estariam lá nos próximos 50 minutos. “O tempo passou e me disseram que seria mais meia hora. No final, eu estava esperando uma hora e 35 minutos”, lamentou a passageira.

Outros passageiros que esperavam para embarcar na aeronave para o voo seguinte também sofreram atrasos, pois não puderam embarcar até que Brignell fosse assistida. Brignell só conseguiu desembarcar com a ajuda de funcionários da companhia aérea, embora não fossem responsáveis pelo atendimento.

Com a repercussão do caso, um porta-voz de Gatwick pediu desculpas à passageira pelo Twitter. “O tratamento recebido no aeroporto foi inaceitável e gostaria de oferecer nossas sinceras desculpas a Victoria”. O responsável pelo atendimento no aeroporto também disse que vai conversar privadamente com a vítima. “Vamos entrar em contato com ela em particular para oferecer nossas desculpas. O aeroporto está investigando o incidente com prioridade.”

De novo

Na madrugada no dia 26 de maio, Daryl Tavernor, de 33 anos, acusou a administração do Aeroporto de Manchester, também na Inglaterra, de tê-lo deixado por mais de duas horas sem assistência dentro de um avião que acabara de pousar. O homem, que tem atrofia muscular, só foi resgatado após seu cuidador conseguir telefonar para a polícia, que os ajudou a passar pelo controle de fronteira.

O aeroporto acusou a empresa terceira responsável pelo atendimento pela falha. Também alegou que a crise vivenciada pela aviação europeia nas últimas semanas contribuiu para a situação dramática vivida pelo passageiro.

Fabio Farias
Fabio Farias
Jornalista e curioso por natureza. Passou um terço da vida entre aeroportos e aviões. Segue a aviação e é seguido por ela.

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