Ao longo da crise pandêmica causada pela COVID-19, pudemos observar diversas ocorrências a bordo de voos ao redor do mundo, nas quais, em sua maioria, passageiros indisciplinados se recusavam a usar máscaras de proteção facial, indo contra as novas políticas implantadas pelas empresas aéreas.
Este caso que relataremos a seguir, no entanto, diz respeito a uma passageira que estava realizando o uso correto de sua máscara de proteção facial, porém, os tripulantes do voo notaram que em sua proteção havia uma frase ofensiva.
O caso aconteceu a bordo de uma aeronave da American Airlines, que estava pronta para realizar um voo regular da cidade de Miami, na Flórida, para St. Louis, no Missouri, ambas nos Estados Unidos.
Segundo relata o Paddle Your Own Kanoo, uma ativista e residente no sul da Flórida, chamada Arlinda Johns, estava adentrando à aeronave utilizando uma máscara com os dizeres ‘Fod*-se 12’.
Além da palavra inadequada, o número 12 na sequência, estampado em sua máscara, supostamente diz respeito à polícia, em um manifesto às ocorrências que aconteceram recentemente entre autoridades dos Estados Unidos e pessoas negras.
Vestida com a camiseta do Black Lives Matter, movimento ativista internacional com origem na comunidade afro-americana, que faz campanha contra a violência direcionada às pessoas negras, Arlinda foi solicitada a trocar a máscara ou então encobrir os dizeres, com penalidade de ser retirar da aeronave, caso não cumprisse com o pedido.
Segundo relata Arlinda, após a comissária ter pedido para que ela retirasse a máscara, ela obedeceu, porém, a tripulante foi até a parte frontal da aeronave e voltou convidando a ativista a se retirar da aeronave, pouco antes do voo partir. Ela, que defende a abolição da polícia, diz ter sido vítima de preconceito racial, e por isso foi convidada a se retirar do voo.
Em um comunicado, a American Airlines disse que uma cobertura alternativa para o rosto foi oferecida à cliente e, embora inicialmente ela tenha cumprido o pedido, foi relatado que mais tarde ela continuou a exibir a mensagem ofensiva. Assim, após chegar ao avião, a cliente foi convidada a desembarcar.
A empresa ainda diz: “Nossa equipe entrou em contato com a cliente para saber mais sobre sua experiência e continuaremos a investigar esse assunto. Estamos reembolsando a parte não utilizada da passagem.”
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