Passageira processa empresa aérea por se machucar durante turbulência

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Uma aposentada entrou com uma ação no Tribunal Superior da Irlanda contra a companhia aérea Ryanair, sob alegação de ter machucado o tornozelo ao ser levantada ao ar quando o voo passou por turbulência.

Segundo o Irish Times, o advogado da australiana Lynette Peucker disse que a passageira foi “jogada no ar” quando o voo de Pisa para Bruxelas atingiu “severa turbulência”. Peucker estava viajando pela Europa com sua filha na época do acidente, ocorrido pouco mais de 6 anos atrás.

O advogado disse que a mulher, naquele momento com 65 anos, estava esperando do lado de fora de um dos banheiros do avião quando o acidente aconteceu. Ele disse que ela caiu sobre o tornozelo esquerdo e bateu a cabeça contra o carrinho de bebidas.

No pouso no aeroporto de Charleroi, em Bruxelas, Peucker foi transferida para um hospital, onde foi tratada de uma fratura e recebeu muletas.

Nesta semana, esperava-se que a aposentada, que se juntou ao tribunal por videoconferência a partir da Austrália, prestasse depoimento, mas após conversas entre as partes, a juíza Leonie Reynolds foi informada de que o caso havia sido resolvido e poderia ser anulado.

Os termos do acordo, que inclui ressarcimento de custos, são confidenciais.

Fobia de voar

No início deste ano, Peucker recebeu permissão do Supremo Tribunal para depor por videoconferência, ao invés de se deslocar desde a Austrália até a Europa, depois de ser informado de que ela agora tem fobia de voar e também sofre de transtorno de estresse pós-traumático.

Lynette Peucker, com 72 anos, processou a Ryanair pelo acidente em 12 de setembro de 2015. A legação foi de que houve uma suposta falha em avisá-la da turbulência iminente.

Ela disse que o sinal do cinto de segurança foi desligado e ela foi autorizada a andar livremente pelo corredor da aeronave nas circunstâncias em que era supostamente perigoso fazê-lo.

Ela alegou ter notado que havia sofrido uma reação psicológica extrema e imediata na forma de medo intenso e avassalador como resultado do acidente.

A Ryanair negou todas as reclamações e alegou que, se o incidente ocorreu, não foi causado por qualquer ato, negligência ou omissão da companhia aérea.

Afirmou ainda que a mulher, até então uma passageira aérea frequente, não levou em conta a possibilidade de turbulência ao se mover pela aeronave.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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